Tudo muda. Na vida, na natureza e, obviamente, no mercado, as coisas estão sempre se modificando. Estas transformações nem sempre são fáceis de acompanhar, mas as empresas precisam desenvolver o mínimo de dinamismo que as permita acompanhá-las antecipando-se às tendências, inovando e ajudando a criar novos paradigmas.
No transporte de carga, as mudanças e avanços também não param. Leia nosso post e descubra como novos fatores estão mudando o modelo tradicional de transportadoras!
O modelo tradicional é aquele em que a organização ou pessoa física procura uma empresa especializada no transporte de carga e contrata seus serviços. A transportadora é dona de uma frota particular e pode oferecer serviços diversificados de transporte a fim de satisfazer o maior número possível de clientes.
Na verdade, a diversificação de serviços oferecidos é relativamente recente. Até pouco tempo, o mais comum era que o caminhão tivesse a carga completa para realizar a entrega das mercadorias. Contudo, o desenvolvimento tecnológico e o advento da era digital vieram mudar esse cenário.
Dois dos grandes problemas para as transportadoras são a perda da carga e a ocorrência de acidentes nas rodovias que envolvam o veículo, o motorista, a carga e até terceiros.
O desenvolvimento de sistemas avançados de rastreamento, que funcionam via satélite, contribuiu bastante para a inovação dos métodos de trabalho das transportadoras. Hoje existem sistemas simples que rastreiam e monitoram o caminhão desde sua partida (origem) até a chegada (destino). Simples aplicativos podem realizar essa operação.
O conhecido GPS e o RFID (rastreamento por radiofrequência) são recursos que permitem otimizar o rastreamento do caminhão, seguindo passo a passo seu trajeto. As etiquetas RFID são uma alternativa ou complemento aos já populares códigos de barras — elas permitem identificar as mercadorias à distância.
Com a aplicação de sistemas de rastreamento, a ação de quadrilhas de assaltantes fica coibida, pois muitos deles ficam receosos com uma provável descoberta. O sistema permite rastrear o caminhão por qualquer rota que ele seguir.
O monitoramento pode fornecer informações valiosas para o gestor da frota, como velocidade, aceleração, quantidade de paradas, desvio de rotas e consumo de combustível. É uma forma de controlar também o comportamento do motorista e prestar ajuda a ele quando necessário.
Estes sistemas funcionam em tempo real, o que proporciona a melhoria da comunicação e a resolução de problemas em tempo hábil.
Outras inovações que estão transformando o modelo tradicional de transportadoras são a inteligência artificial e a análise de um grande volume de dados. Est
es fatores são marcas de recursos integradores como Business Intelligence, Business Analytics e Big Data.
Aliados a outros sistemas, eles podem fornecer valiosas informações que vão ajudar a reduzir custos, identificar oportunidades e falhas, medir desempenho, aumentar produtividade, melhorar o relacionamento com os clientes e muito mais.
Por meio dessas ferramentas, é possível coletar, registrar, analisar e comparar informações e gerar relatórios. Elas também proporcionam a análise cuidadosa das tendências do mercado e das preferências do consumidor. O cruzamento de dados permite melhorar a qualidade das entregas e o planejamento de rotas inteligentes.
A inteligência artificial (IA) está ligada à máquina que não somente realiza operações de forma programada, mas aprende enquanto trabalha e, com isso, evolui. No setor de transporte, a IA auxilia a planejar rotas, atender clientes e a oferecer soluções estratégicas, ajudando a tomar decisões mais certeiras.
Os chatbots, que podem ser usados no site de qualquer transportadora, otimizam o relacionamento com o cliente oferecendo um atendimento mais humanizado, que pode ser sempre melhorado.
Existem diversas tecnologias muito avançadas que favorecem a comunicação dos motoristas não apenas entre eles mesmos, mas com profissionais da empresa e despachantes. Este aprimoramento na comunicação ajuda a diminuir gastos e a otimizar o ciclo operacional de transporte.
A tecnologia também possibilita a conexão á distância entre os caminhões. Consequentemente, ela permite que as informações a respeito da frota sejam coordenadas para constituir padrões de condução, transmitir relatórios de tráfego e monitorar o espaço em relação a regiões que não são muito percebidas pelo motorista (pontos cegos, por exemplo).
A tecnologia que ajuda a controlar o tráfego também detecta problemas nas rodovias. Com isso, facilita o trabalho do motorista e produz resultados mais satisfatórios.
Uma inovação no conceito de transportadora é a possibilidade de não ter frota própria. Ainda que pareça incoerente, trata-se de uma solução eficaz, que envolve maiores possibilidades para clientes, transportadoras e caminhoneiros autônomos.
A tecnologia avançada é quem garante o desenvolvimento da transportadora sem frota própria. Ela dispõe de um sistema que cruza dados e pode encontrar, em pouco tempo, o prestador de serviços ideal para um determinado cliente.
Este sistema considera área de atuação, distância do destino final da carga, cotação de frete, necessidade de um certo motorista em carregar o caminhão para não fazer um retorno sem carga e outros pontos. Dessa forma, todos saem ganhando com fretes mais acessíveis, encomendas entregue dentro do prazo e vantagens para as partes envolvidas.
Trata-se de uma inovação futurista. Não é um caminhão, um carro, um trem, uma embarcação, nem um avião e sim outro modal. Foi em 2012 que Elon Musk falou publicamente sobre o projeto: um sistema de transporte de cargas e pessoas que consiste em uma cápsula que se desloca dentro de tubos metálicos à baixa pressão.
Musk, que já criou o Space X e o Tesla, colocou à disposição das empresas o projeto para que fosse desenvolvido. Uma dessas empresas foi a Hyperloop Transportation Technologies, que está disposta a dar vida ao que ela chama de “quinto meio de transporte”. Para os donos desta empresa, o Brasil é qualificado a receber o novo meio de transporte — seria o primeiro país sul-americano a conseguir o projeto.
O Hyperloop pretende ser uma tecnologia que dispensa o pagamento de passagens como maneira de monetização. Será utilizada uma combinação de energias renováveis (vento, luz solar, energias cinética e geotérmica), favorecendo a possibilidade de gerar 30% mais energia do que a que é consumida. Isso pode ser usado para custear a infraestrutura e as viagens.
O que você pensa sobre todas essas mudanças no modelo tradicional de transportadoras? Aproveite e leia mais sobre tecnologia no mercado de transportes!