Quais as expectativas para o setor de logística no Brasil em 2018?

| 10/01/2018 - 04:01
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A chegada do ano de 2018 traz diversas expectativas para o setor de logística no Brasil, entre elas, a de melhora no setor e a criação de oportunidades que vão contribuir para aquecer o mercado — aumentando o consumo, a demanda e alavancando as operações de diversas empresas.

No post de hoje, apontaremos alguns aspectos que são esperados para este ano, no que diz respeito à tecnologia, economia, transportes, tendências, entre outros. Quer saber quais são esses pontos? Então, confira agora mesmo!

A logística em 2017

Muitos gestores têm enxergado a importância da logística nas empresas e o papel estratégico que ela tem para o sucesso do negócio. Porém, apesar disso, os investimentos nessa área ainda estão aquém do ideal.

Em partes, podemos atribuir isso ao momento desfavorável que a economia no Brasil tem vivido e afetou diversos setores no ano passado. Por outro lado, sair do patamar completamente operacional para considerar questões mais estratégicas ainda é uma questão que pode encontrar resistência por parte de alguns diretores e acionistas.

Portanto, apesar das expectativas, podemos dizer, de maneira geral, que 2017 não foi o ano de grandes avanços para a logística no Brasil, ainda que algumas melhorias tenham sido percebidas ao longo do ano (como a possibilidade de melhora na economia).

Expectativas para o setor de logística em 2018

Já para o ano de 2018, a expectativa é de melhora em diversos aspectos, novos investimentos, inovações, entre outras formas de desenvolvimento. Saiba mais sobre elas.

Economia

Enquanto se espera que a economia se estabilize e apresente melhora, deve-se lembrar que é um ano de eleições e incertezas, fatores que podem gerar certa instabilidade e deixar a situação no mesmo patamar que o atual.

Caso o cenário seja positivo, pode-se esperar o aumento do consumo e, consequentemente, mais demanda para a logística — principalmente para o transporte de cargas.

Tecnologia

A perspectiva é de que as empresas continuem investindo em tecnologia, adotando sistemas de gestão e outras ferramentas que facilitem a execução dos processos.

Entretanto, o que também se pode esperar é ainda mais investimentos em big data, machine learning e inteligência artificial. Essa tríade tem transformado a maneira como as empresas lidam com os diversos dados gerados rotineiramente e também contribuem para que o relacionamento com os clientes seja aprimorado.

A Internet das Coisas (IoT) também tem caminhado para ser uma excelente aliada de diversos processos, que vão desde o controle de máquinas e equipamentos utilizados no processo produtivo até o monitoramento do desempenho dos veículos — em termos de consumo de combustível, velocidade média alcançada, acompanhamento da rota, entre outros.

Infraestrutura

Se falarmos da infraestrutura do transporte rodoviário, como as condições das estradas, trata-se de uma questão que envolve os investimentos do Governo Federal. Sob a ótica do cenário atual, dificilmente poderemos afirmar que em 2018 as coisas serão melhores nesse setor.

Transporte

Um dos pontos que se pode esperar melhorias é a entrega last mile, que representa um dos desafios para o transporte de cargas. Soluções têm sido buscadas para otimizar o envio na "última milha" e reduzir os custos e os prazos entre o centro de distribuição e o cliente final.

Por fazer a relação direta entre a empresa e seu público, é um processo que requer bastante cuidado e atenção, pois tem grande influência na experiência de compra e na imagem que a empresa projeta no mercado.

Entre alternativas usadas para enfrentar o trânsito dos grandes centros — que dificultam e restringem a circulação de determinados tipos de veículos —, estão:

  • a utilização de bicicletas e carros particulares (que podem ser acionados por meio de aplicativos, por exemplo);
  • opção de retirada em alguma base dos correios próxima ao endereço de entrega;
  • os chamados lockers (a exemplo da Amazon), que são armários alocados em pontos estratégicos, onde os produtos são deixados e o cliente pode retirar quando for conveniente.

Esses exemplos fazem parte da logística colaborativa, que já tem sido colocada em prática e tende a crescer ainda mais nos próximos anos.

Tendências

Entre as principais tendências que podemos esperar para 2018, podemos citar:

Omnichannel

Apesar de ser um conceito bastante difundido e conhecido, o omnichannel ainda não é colocado em prática por muitas empresas. Para que ele seja viável, é necessário integrar todos os canais de atendimento e garantir que o cliente tenha a mesma experiência em todos eles, independentemente se a compra será iniciada pela internet e terminará em uma loja física.

Na tentativa de oferecer diferenciais e conquistar públicos cada vez maiores, as empresas têm percebido a necessidade de oferecer um atendimento diferenciado para seus clientes, tornando o omnichannel uma grande possibilidade.

Sustentabilidade

É crescente o apelo que se tem pelo cuidado com o meio ambiente. Leis têm sido criadas para controlar a produção de resíduos, a emissão de poluição e, até mesmo, o descarte adequado de certos produtos.

A tendência é que a logística também se adéque a essa questão, investindo em problemas que vão desde a implementação da logística reversa até o investimento em veículos que utilizam combustível "limpo".

Logística 4.0

Junto com a 4ª revolução industrial — ou indústria 4.0 —, surge a logística 4.0. Trata-se da gestão logística voltada para ganhar o máximo de eficiência e reduzir os custos ao longo dos processos. Entre as premissas que fazem parte dessa filosofia, estão:

  • zero estoques;
  • just in time;
  • informações disponíveis em tempo real e de fácil acesso;
  • visão integrada da cadeia de suprimentos;
  • lead time reduzido;
  • centros de distribuição inteligentes.

O que é esperado dos profissionais da área

Com a economia ainda em recuperação e a necessidade de criar diferenciais competitivos, as empresas esperam contar com profissionais que tenham uma visão ampla de todos os processos e consiga propor soluções que ajudem a reduzir custos e tornar as operações mais eficientes.

Isso é especialmente importante nos casos de profissionais responsáveis pela gestão da cadeia de suprimentos. A possibilidade de identificar novas oportunidades, diminuir os gastos e otimizar os fluxos de trabalho — de ponta a ponta — em uma cadeia de abastecimento torna as empresas ainda mais fortes, aumentando a lucratividade e a competitividade.

Resumindo, o tipo de profissional que se espera é aquele que tenha visão crítica do mercado e das condições da organização, ao mesmo tempo em que consegue enxergar mais à frente e propor soluções que ajudem a contornar as ameaças e aproveitar as oportunidades.

As expectativas para o setor de logística no Brasil em 2018 não estão muito diferentes da realidade atual, mas as empresas precisam ficar de olho nas tendências e tudo de novo que surge no mercado, buscando inovar e se destacar dos concorrentes.

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Redação Cargo X
10/01/2018 - 04:01

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