A soja é um dos grãos que movem o PIB brasileiro e pode ser considerada a principal cultura do agronegócio no país. Apesar de estar presente desde 1882 em território nacional, a produção só se tornou de larga escala em 1941. Atualmente, colhemos quase 115 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
O grande problema que os produtores têm encontrado, já há alguns anos, é a vazão dessa mercadoria. O último estudo feito pela Sociedade Nacional de Agricultura indicou que em 2015 foram perdidos 2,4 milhões de toneladas, sendo os principais fatores as falhas de logística e a má qualidade do transporte de soja.
Por isso, preparamos este texto para explicar a importância de fazer um bom frete e como reduzir as perdas causadas por esses fatores utilizando a tecnologia a seu favor. Acompanhe a leitura!
Ao fim da colheita, o maior objetivo do produtor é iniciar o processo de escoamento da mercadoria para os demais setores da indústria. Porém, essa é uma das grandes dificuldades encontradas no Brasil, que, por causa das más condições do modal rodoviário, perde dinheiro pelo mal escoamento e eleva os gastos com armazenagem.
Outro fator que contribui para a busca de um transporte mais eficiente da soja é o fato de o país ser um dos maiores exportadores do grão no mundo, brigando sempre com os Estados Unidos pela liderança desse ranking. Mas por que perdemos para os americanos nesse sentido? Estradas precárias e a centralização da mercadoria ajudam a encontrar a resposta.
Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), apenas 3,7 mil quilômetros, dos 57,2 mil quilômetros das rodovias pavimentadas no país, estão em bom estado. Os demais são considerados regulares, ruins ou péssimos. Por causa dessa condição, o escoamento da produção fica prejudicado devido à falta de caminhões, às perdas de grãos durante o trajeto e às cargas empacadas nos armazéns.
A concentração da produção em uma só região também prejudica a vazão da soja das fazendas para as empresas do setor secundário. Só a região Centro-Oeste do país é responsável pela produção de mais de 16 mil quilos por hectare. Quase metade do que é colhido no Brasil. E isso gera dois problemas: o pequeno produtor pressiona para vender toda sua safra e o grande fica com ela acumulada em silos e armazéns.
Para que esse processo melhore, é preciso criar uma série de procedimentos e rotinas para garantir a mínima perda possível, vazão rápida e identificação dos pontos-chave das operações de logística, que só é possível colocar em prática com um transporte feito da forma correta.
Apesar de ser um dos principais fatores que gera prejuízo para os produtores, a maneira mais comum de escoar a soja no Brasil é por meio de caminhões. Mas, para diminuir a perda e entregar um produto de qualidade, é preciso acompanhar alguns pontos. São eles:
Opte por usar veículos adequados para ter a maior eficiência na hora de transportar a soja. Deixar essa etapa de lado aumenta o risco de ampliar as perdas e desperdícios causados por um mau posicionamento da carga, excesso de peso, lona mal colocada, estrada em má condição etc. Os extravios causados por erros nesses pequenos detalhes podem gerar grandes prejuízos para a sua empresa.
Para fazer com que o grão chegue até o destino final em boas condições e com a mesma qualidade de quando saiu da fazenda, é preciso que o caminhão esteja bem vedado. Isso evita que o grão tenha contato com o calor e corra risco de pegar umidade durante a viagem. Em contato com a água, a soja aumenta o risco de surgimento de micro-organismos que vão reduzir sua longevidade e piorar a qualidade do produto.
Para garantir que o grão chegue em bom estado, antes do carregamento é preciso verificar se a carroceria está em boas condições. Isso significa estar sem vestígios de outra carga, sem locais enferrujados e não estar em situação delicada — madeira podre, fungos ou umidade são algumas situações a serem evitadas. Com esse check-list realizado, o produtor pode se preparar para cumprir as outras verificações.
Antes de fechar com um caminhão, é preciso fazer a análise daquele motorista que vai realizar o frete. Verificar se tem histórico recente com bebida, drogas, estresse etc., a fim de precaver acidentes que vão colocar a carga, outros motoristas e toda a cadeia em risco. Também é aconselhável que pegue referências com as demais empresas do mesmo segmento, para entender como ele trabalha.
As estradas brasileiras não têm trajetos 100% seguros em relação a roubos e furtos. Dessa forma, é preciso elaborar estratégias e roteiros para evitar os caminhos mais perigosos. Também verifique as condições do caminhão, checando freios, óleo, motor, entre outros, para reduzir as chances de ficar parado na estrada devido a falhas mecânicas.
O alto custo do transporte reflete negativamente nos fretes e, para evitar gastos excessivos, é possível unir a tecnologia ao seu negócio. Ao contratar motoristas autônomos por meio de um aplicativo, por exemplo, fica mais fácil para negociar o valor da viagem e fazer um planejamento logístico mais efetivo, liberando o gargalo causado pela falta de caminhões em muitas regiões.
Também é possível utilizar a tecnologia para fazer os planos de logística da empresa, traçando rotas mais rápidas, seguras, e acompanhando o motorista em tempo real, permitindo a ele que aja de forma mais intuitiva em situações urgentes, como uma pane no motor. Tudo isso aumenta a competitividade da empresa, mesmo em um mercado tão disputado.
Essas são funcionalidades que podem ser vistas no sistema da Cargo X, que foi criado justamente para aliviar os gargalos entre a produção e o escoamento. Sua tecnologia baseada em dados permite que o empresário tenha acesso a um serviço de transporte mais seguro e eficiente que o convencional.
Por sermos um país exportador de soja, precisamos melhorar as condições das nossas estradas para facilitar o escoamento das mercadorias para os portos. Mas não só isso: a falta de condições afeta também o mercado interno, que obriga os produtores a abaixar o preço para atrair consumidores.
Seguindo boas práticas para fazer o transporte do grão e usando a tecnologia a favor do negócio, produtores podem melhorar a sua vazão e ter garantias para negociar melhores preços no frete e com a indústria do setor secundário — reduzindo, assim, o desperdício e perda de soja.
Gostou e quer saber um pouco mais sobre como utilizar a tecnologia no transporte de soja? Entre em contato conosco e converse com nosso time de atendentes especialistas nessa área.