Transporte de eletrônicos: veja agora como fazer da forma correta

| 07/01/2020 - 04:01
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Cada produto tem uma característica específica que define toda a estratégia do fluxo logístico, envolvendo os cuidados durante a separação, o transporte, o acondicionamento, a embalagem, entre outros. A partir da análise desses detalhes do produto é que são definidos o modal de transporte, o tipo de veículo e os custos da operação.

Para o transporte de eletrônicos, a regra não é diferente. Entretanto, alguns elementos tornam a definição do processo mais crítica, como a necessidade de segurança extra, por serem materiais visados para roubo, e a fragilidade dos produtos, que exigem maior robustez da embalagem.

Diante do crescimento do comércio de eletrônicos e da mudança tecnológica que o mercado vem mostrando, muitas empresas buscam especialização para atender melhor a área, principalmente quando falamos no processo de transporte.

Vamos descobrir quais cuidados devem ser tomados para esse tipo de transporte? Continue lendo para saber mais!

Como fazer o transporte de eletrônicos de forma adequada?

Durante o transporte, a responsabilidade pela integridade das peças é do transportador. Por esse motivo, ele precisa ter conhecimento de todas as características críticas que o produto possa ter para poder proporcionar a segurança adequada.

Alguns pontos principais a serem observados ao planejar o tipo de veículo para que o transporte seja feito de forma adequada é entender qual é o nível de sensibilidade de produto relacionado aos seguintes fatores:

  • temperaturas altas;
  • umidade;
  • poeira;
  • descargas eletrostáticas;
  • vibração.

Para que essa mercadoria chegue em segurança, alguns elementos devem ser observados. Selecionamos os principais para você conferir.

Planejamento da embalagem

Para o transporte de eletrônicos, o ponto mais crítico é o nível de robustez da embalagem, que precisa garantir que o material não sofra nenhum tipo de avaria mesmo com a ação de fatores externos, como a poeira.

Tendo como função principal a proteção do produto, as embalagens para os produtos eletrônicos devem atender qualquer especificidade que ele apresente, oferecendo resistência aos impactos mecânicos, à umidade e ao empilhamento.

Para que cumpra a sua principal função, selecionamos alguns pontos que podem ajudar a criar maior robustez na embalagem. Confira!

Reforce a embalagem externa

A embalagem externa deve ser a principal para conter qualquer fator externo que entre em contato com o produto. Por esse motivo, invista em uma matéria-prima rígida, que possa suportar o empilhamento.

Utilize fatores de amortecimento interno

Seja plástico bolha, isopor ou até um suporte de papel, é muito importante que dentro da embalagem, caso o material se mova, exista algo que amorteça os impactos. Se o material eletrônico estiver em componentes eletrostáticos, esse amortecimento deve ser de um material específico para que o produto perca as suas propriedades.

Tome cuidado com espaços vazios

Espaço vazio dentro da embalagem pode fazer com que a embalagem externa rasgue ou amasse, prejudicando a mercadoria. Por isso, é importante que todo o espaço vago seja preenchido.

Organização no caminhão

Outro ponto importante a ser observado é a forma como essa mercadoria será alocada no veículo. Existem formas de acomodar a carga e tipos de veículos a serem contratados que facilitam, ou não, a segurança da carga.

Para maior segurança, por exemplo, caixas pequenas devem ser colocadas dentro de caixas maiores. Nesse caso, elas devem ser organizadas de forma a lotar o caminhão, para que, assim como dentro da embalagem, não sobre espaço para movimentação exagerada dentro do veículo.

Muitas empresas utilizam o pallet para auxiliar na organização da carga. Assim, as caixas são todas fixadas na estrutura de madeira, geralmente por meio de cintas, que não permitem que esses materiais se movimentem durante o transporte.

Ainda falando sobre segurança, alguns materiais eletrônicos, por serem muito sensíveis, exigem que entre as caixas, dentro do caminhão, sejam colocados alguns elementos que evitem a movimentação, como plástico-bolha.

Quando falamos de cargas mais frágeis, a melhor localização é na parte da frente da carroceria do veículo. Afinal, a parte traseira é a que sofre maiores impactos durante o transporte. Portanto, deve ser evitada.

Nesse momento, também é importante ser observado o máximo de empilhamento que a embalagem do produto pode aguentar. É essencial que o responsável pelo transporte tenha a informação de quantos pallets ou caixas podem ser empilhados, para que as embalagens não sejam avariadas.

Rastreamento da encomenda

Por ser um tipo de carga muito visada para roubo, uma das exigências de um bom transporte de eletrônicos é a transportadora disponibilizar veículos que tenham um rastreador e, dessa forma, possam informar a localização do veículo sempre que o cliente solicitar.

Além disso, no caso de qualquer problema relacionado a incidentes não planejados, a empresa terá mais tempo para reação, pois, a qualquer desvio do que havia sido planejado, a equipe poderá perceber e alertar os gestores.

Por que terceirizar o transporte de eletrônicos pode ser uma boa opção?

Os custos de transporte tendem a representar uma boa fatia do lucro da empresa. Ter uma frota própria dificulta a flexibilidade em relação ao modelo do veículo, que será sempre o mesmo para todas as operações, independentemente das características críticas do material.

Podemos citar alguns benefícios que a terceirização do transporte de eletrônicos pode trazer para o seu negócio. Confira!

Expertise

Algumas transportadoras têm grande expertise para o transporte de alguns itens e possuem todos os equipamentos e veículos especializados para atender a essa demanda específica.

Então, ao contratar uma empresa terceirizada, você terá uma transportadora que apresenta toda a estrutura para atender demandas com a flexibilidade que um eletrônico precisa, além de veículos assegurados e protegidos para que nada aconteça com a carga.

Elas terão maior conhecimento do que pode ou não pode fazer durante o transporte, as rotas mais perigosas relacionadas à segurança e, inclusive, avaliar se determinada embalagem suportará a viagem até o destino.

Redução de custos

Não ter uma frota própria significa não ter custos com manutenção, não precisar enfrentar veículos ociosos durante entregas e não precisar investir em equipamentos especializados para atender às necessidades da carga.

Ao terceirizar uma operação de entregas, a empresa pagará pelo frete, com todos os custos rateados entre diversos outros produtos. Além disso, não é preciso ter uma equipe que trabalhe focada na operação de transportes. Basta administrar os fretes contratados, e não uma frota, o que afeta diretamente o custo.

Mesmo depois que as cotações estejam disponíveis, ainda há margem para negociar os preços ofertados. Isso possibilita uma redução do custo total da entrega.

Mais agilidade

A inflexibilidade de uma frota própria influencia muito a eficiência de entrega. Se você tem um veículo grande, por exemplo, a locomoção é mais lenta, mesmo que a carga seja menor do que a capacidade do veículo.

Porém, se a capacidade dos veículos da frota não atende à capacidade total, diversas entregas precisarão ser feitas, o que trará atraso para o fluxo total. Com isso, contratar uma transportadora que possa atender demandas diferentes e destinos variados fará com que as entregas sejam mais rápidas e ágeis, trazendo a satisfação dos clientes.

O transporte de eletrônicos pode ser algo frágil para uma operação própria, pois exige muitos cuidados específicos que podem trazer um ônus para a empresa. Procure atender o consumidor da melhor forma, para que os materiais transportados cheguem inteiros ao seu destino, e isso traga a satisfação dos clientes.

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Redação Cargo X
07/01/2020 - 04:01

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