Quem atua diretamente com logística tem que lidar com inúmeros desafios, que vão desde a redução dos custos operacionais do transporte de cargas até a satisfação do cliente. Para isso, é preciso considerar diversos outros fatores, como: agilidade na entrega, segurança da carga, cotação online e até o acompanhamento das etapas do transporte.
Neste post, além de abordar como é feita a composição dos custos operacionais do transporte de carga, também vamos destacar alternativas para um processo logístico mais seguro e eficiente. Partindo dessa análise, você vai perceber que é possível realizar as operações logísticas com qualidade, segurança e economia.
Um estudo de caso desenvolvido pelo administrador Roberto Vatan dos Santos analisa os custos operacionais e a formação do preço do frete no transporte de cargas. Segundo a pesquisa, o setor de transporte fatura mais de R$ 40 bilhões e movimenta dois terços do total de carga do país. A estimativa é de que 65% do frete seja feito por caminhões, isso explica o intenso fluxo de veículos de transporte de cargas circulando pelo modal rodoviário.
O transporte de cargas no Brasil é feito tanto por profissionais autônomos, tanto por micro e pequenas empresas ou grandes operadores logísticos. De acordo com dados do Anuário CTN do Transporte, nos últimos 15 anos as rodovias pavimentadas cresceram 23,2% no Brasil, mas a frota de veículos aumentou 184,2% no mesmo período.
Por outro lado, uma reportagem publicada pela Folha de São Paulo afirma que 43% dos caminhões trafegam vazios, isso só no estado de São Paulo. A ausência da carga de retorno é um dos motivos que eleva o custo do frete e gera esse aumento de veículos circulando nas rodovias com a capacidade ociosa.
Os custos operacionais do transporte de cargas são muito onerosos para os negócios. Por isso, é essencial que sejam controlados minuciosamente por meio de indicadores mais detalhados. Além disso, eles devem retratar o retorno desse investimento no que diz respeito a valores financeiros e à produtividade.
Para poder realizar um gerenciamento inteligente do seu processo logístico é primordial conhecer e entender como é feita a composição dos custos do transporte de carga. Pensando nisso, separamos para você os principais pontos a serem observados para fazer uma gestão eficaz. Confira!
Para calcular o gasto operacional do transporte de carga é preciso classificar os gastos como variáveis e fixos. Combustível, lubrificantes, pneus, peças e demais valores para a manutenção do caminhão são classificados como gastos variáveis. Já os custos fixos são: o salário do motorista, a depreciação do caminhão, o seguro obrigatório do veículo e demais impostos, como emplacamento e IPVA.
Como cada caminhão tem uma característica própria, isso significa que a despesa variável é diferente para cada veículo. Portanto, o cálculo deve ser unitário para cada carreta, truck ou qualquer outro modelo. Também é preciso sempre levar em conta o consumo do veículo por quilômetro rodado, seu ano de fabricação, garantia do fabricante etc. São custos que interferem no transporte de carga e nem sempre são calculados de forma unitária.
Depois de estimar os custos fixos, variáveis e o gasto unitário de cada veículo, o passo seguinte é calcular o preço efetivo para o transporte de carga. Esse cômputo é feito costumeiramente, pois consiste em definir as despesas desde a coleta da mercadoria até a sua entrega.
Para não deixar nenhum gasto operacional fora da conta é preciso somar a hora do custo fixo com a hora do custo variável, de acordo com o veículo escolhido, e multiplicar pelo número de quilômetros rodados. Lembre-se de inserir esse indicador na rotina produtiva da sua gestão.
Além da distância a ser percorrida, existem outros aspectos que também influenciam o transporte de cargas. É fundamental avaliar essas duas características antes de definir o veículo que fará o transporte, pois cargas perecíveis requerem caminhões adaptados. Quanto maiores forem as exigências para o deslocamento da carga, mais caro tende a ser o preço do serviço.
O transporte de cargas para rotas com menor demanda é outro fator que deve ser considerado na composição de custos. Além de encarecer o preço do frete, é um aspecto que interfere na preservação do meio ambiente e manutenção das estradas. Como é possível perceber, o transporte de cargas envolve mais custos, por isso a importância de buscar alternativas que sejam eficientes e, ao mesmo tempo, que gerem economia.
A transformação digital tem sido uma grande aliada para potencialização do desempenho de qualquer negócio. O uso da tecnologia pode simplificar a conexão entre embarcadores e transportadores. O cruzamento das informações de quem necessita de frete e quem oferece esse serviço permite prever carga de retorno, minimizar as rotas ociosas, aumentar o aproveitamento dos espaços e, com isso, reduzir o custo do transporte de carga.
A tecnologia ainda possibilita que o embarcador acompanhe o posicionamento de carga, etapas de transporte e até dados do caminhoneiro. Assim, os pequenos empreendedores e as transportadoras conseguem otimizar a sua produtividade, melhorando o desempenho do negócio com um gerenciamento eficiente por meio de dados mais precisos.
Acima falamos que um dos grandes desafios de quem trabalha com o transporte de cargas é garantir que sempre tenha conteúdo de retorno, ou seja, que o veículo não circule com o baú vazio. Assim, otimizar a rota é uma forma de melhorar a produtividade do veículo e impactar positivamente a performance da sua operação logística.
Parece simples fazer isso, mas para que a sua frota tenha o máximo de aproveitamento é necessário contar com o apoio de inovações tecnológicas e manter um time bem treinado. Além disso, é muito interessante fazer o mapeamento da jornada do cliente, pois, assim, você pode identificar gaps no seu processo logístico e fazer com que ele atenda às expectativas do seu público.
É impossível falar em redução de custos e otimização do desempenho do negócio se não forem feitos investimentos em tecnologia aplicada ao gerenciamento de frotas. Você pode contar com sistemas que realizam o monitoramento dos veículos, como os rastreadores e a telemetria.
Essas ferramentas oferecem informações essenciais para fazer uma gestão inteligente da sua frota. Com elas, é possível reduzir custos causados por sinistros, melhorar a autonomia do uso de combustível — um dos custos variáveis que mais impactam o processo logístico — e otimizar a vida útil das unidades da frota por meio de dados sobre o estado das peças dos veículos.
Além disso, se pode fazer mapeamento do perfil de condução dos motoristas: os dados obtidos são essenciais para criar uma política de frotas e desenvolver um ranking de boa conduta na direção. A forma como os veículos são conduzidos é responsável por aumentar ou diminuir os gastos com combustível, manutenção e multas, por exemplo.
As manutenções não planejadas da frota são muito mais onerosas ao negócio do que as preventivas. Infelizmente, ainda é muito comum que profissionais negligenciem a manutenção dos veículos, geralmente, por uma falta de planejamento financeiro. Por isso, é essencial sempre ter um orçamento preestipulado para a manutenção da frota.
O prejuízo gerado com manutenções não planejadas vai além do custo mais alto se comparado à manutenção preventiva: carro parado é sinônimo de improdutividade, ou seja, o ativo da empresa deixa de trazer retorno para o negócio. Sendo assim, a capacidade produtiva da frota é impactada negativamente e esse é mais um dos motivos para ter um calendário de manutenção e um orçamento prévio.
Além de ser uma boa prática para a redução de custos, a manutenção preventiva é a melhor forma para garantir a segurança dos veículos, bem como dos seus condutores. De acordo com um relatório divulgado pela ONU (Organização das Nações Unidas), os acidentes de trânsito matam por dia o equivalente a 7 quedas de avião, ou seja, aproximadamente 4 mil pessoas. Empresas e profissionais sérios colocam a segurança veicular sempre em primeiro lugar.
Um dos pontos mais importantes para o sucesso de qualquer negócio é, além de ter visão de cliente e cuidar da sua experiência, firmar parcerias estratégicas. A verdade é que nenhuma empresa funciona por si só: existe uma cadeia que garante o seu desenvolvimento. A forma como os gestores direcionam essa cadeia determina se a marca está no caminho de um crescimento sustentável.
Outra maneira de reduzir os custos operacionais do transporte de cargas é buscar a consolidação de parcerias para potencializar a utilização da frota, como é o caso de um marketplace, conectando embarcadores e caminhoneiros. Além disso, é possível contar com um clube de benefícios.
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Tags: Menu-Pricing, ciclo de pedido, gerenciamento de cargas, economia compartilhadaNão perca as últimas notícias do setor rodoviário, diretamente na sua caixa de e-mail.
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