As empresas que atuam no ramo de alimentação têm à sua frente um grande desafio: o transporte de alimentos. Para que essa etapa logística seja executada com eficiência e sem perdas, há uma série de cuidados a serem observados.
Esse tipo de produto apresenta suas próprias características e particularidades e a transportadora escolhida deve ter experiência e capacidade técnica para executar o processo.
Neste post, você entenderá quais as principais providências devem ser tomadas para garantir segurança, qualidade e eficiência aos produtos alimentícios durante o transporte. Acompanhe!
O que diz a lei sobre o tema?
A legislação brasileira é uma das mais complexas do mundo, regulando diversas situações. Obviamente, o transporte de alimentos não poderia deixar de ser abordado e, por isso, existem duas normas de grande relevância:
A primeira norma estabelece requisitos gerais de higiene, boas práticas de fabricação e manuseio de alimentos. No que se refere ao transporte, ela dispõe que os meios utilizados devem ser adequados para esse fim e constituídos de materiais que permitam o controle da conservação, limpeza e desinfecção fácil e completa.
O armazenamento e a manipulação dos alimentos devem receber controles rígidos para que não ocorram contaminações. Ademais, cuidados especiais para evitar a putrefação, como o uso de equipamentos especiais de refrigeração, devem ser providenciados.
A segunda norma cria o regulamento técnico de procedimentos operacionais padronizados para empresas que lidam com alimentos.
No caso do transporte, deve ser analisado se o produto é transportado na temperatura ideal, se o veículo está limpo, com ausência de vetores e pragas, se o transporte mantém a integridade do produto e se o veículo transporta outras cargas que comprometem a segurança do alimento.
Quais os principais cuidados com o transporte de alimentos?
Conforme visto, já existem regras legais para o transporte de alimentos. Por isso, é imprescindível que a transportadora adote boas práticas e garanta qualidade e segurança a esses produtos durante a execução das rotas.
Um bom gerente de logística deve estar sempre atento a essas questões, principalmente ao contratar esse parceiro logístico. Confira, a seguir, quais os principais cuidados com o transporte de alimentos.
Conferência da etiqueta
As etiquetas dos alimentos trazem informações essenciais para assegurar que o alimento chegue ao consumidor final em perfeitas condições e, claro, devem seguir as regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Desse modo, é essencial que o transportador confira se os produtos estão etiquetados e se a etiqueta está legível e sem manchas. Em caso de problemas, o fabricante deve ser acionado para realizar os ajustes e, somente depois, prosseguir com o transporte.
Lembrando que realizar a gestão de processos operacionais, com auxílio de tecnologia e de um software, aumenta a agilidade da conferência e reduz as chances de erros que possam prejudicar todos os envolvidos na cadeia de suprimentos.
Atenção à data de validade do produto
Alimentos próximos à data de validade podem representar um problema para a transportadora, principalmente na ocorrência de imprevistos que comprometem o prazo de entrega das mercadorias.
Nesse sentido, é importante realizar essa conferência e executar o transporte somente quando há uma boa margem de segurança. Nos casos em que o transporte de alimentos próximos ao vencimento seja imprescindível, o ideal é apostar no modal aéreo para longas distâncias.
Lembrando que transportar produtos vencidos é ilegal e pode gerar grandes problemas ao transportador e à empresa.
Monitoramento da temperatura
Alguns alimentos exigem cuidados extras e necessitam da manutenção de uma certa temperatura durante o trajeto. Nesses casos, é preciso contar com uma transportadora que tenha veículos adaptados para isso e que adote um rígido controle durante todo o transporte.
Garantir essa estabilidade climática faz toda a diferença para o processo e garante que o produto continue apto ao consumo humano, mesmo após longas horas de viagem.
Observe que é necessário um alto investimento em equipamentos tecnológicos, tanto para manter a temperatura ideal no caminhão quanto para realizar conferências ao longo da viagem.
Cuidados no empilhamento dos alimentos
Durante a organização da carga no compartimento do caminhão, é preciso ter atenção ao coeficiente máximo de empilhamento permitido pelas embalagens. Esse cuidado minimiza os riscos de danos e assegura que os produtos não sofram impactos indesejáveis.
Enlatados, por exemplo, quando são danificados e amassados, se tornam impróprios para o consumo. A depender da quantidade de mercadorias nessa situação, isso representa um grande prejuízo ao fabricante e ao distribuidor.
Documentação em dia
Por último, mas de grande relevância, é necessário conferir se toda a documentação da carga está em dia. É essencial destacar que o Estado exige autorização específica para o transporte de alimentos e esses papéis devem estar sempre com o transportador.
Em razão disso, a empresa precisa contratar transportadoras com experiência e autorização legal para executar esse serviço. Caso contrário, poderá enfrentar problemas e até ter a sua carga retida em postos de fiscalização.
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Como a escolha da transportadora impacta no resultado do processo?
O transporte de alimentos não pode ser tratado como um simples processo de deslocamento de cargas no território. Esse tipo de mercadoria é sensível e exige uma série de cuidados para se manter apta ao consumo até chegar ao consumidor.
Além de todos os controles executados durante a produção, as empresas devem se preocupar em contratar transportadoras especializadas.
Conforme visto, é necessário realizar análises de temperatura durante o trajeto, planejar a forma de empilhamento e, claro, dispor de veículos adaptados para transportar esses produtos.
Somente uma empresa séria, com experiência na área consegue desenvolver um bom trabalho e cumprir com as normas de maneira eficaz. Lembrando que esses cuidados ajudam a preservar a reputação do fabricante e a própria segurança alimentar da população.
Com isso, pode-se afirmar que a escolha da transportadora é decisiva para qualquer empresa que atua no ramo alimentício. Essa é a fase final do processo de produção e precisa ser realizada com atenção, controle e com o auxílio dos melhores recursos tecnológicos.
Após a leitura do post, fica claro que o transporte de alimentos é uma atividade complexa. Por estar diretamente ligada a questões relacionadas à saúde humana, a fiscalização sobre esse processo é intensa e exige das empresas seriedade e eficiência.
Dessa maneira, a conclusão que se chega é de que é preciso apostar na contratação de parceiros logísticos que atuam dentro da lei e investem em tecnologia, já que há vários recursos que podem simplificar e garantir a qualidade dessa modalidade de transporte.
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