* Por Federico Vega
Nos últimos anos, o Brasil tem produzido startups de tecnologias de qualidade internacional. Ainda assim, não temos visto nenhuma empresa de tecnologia no clube dos "unicórnios", como são denominadas as empresas avaliadas em mais de um bilhão de dólares. Isto acontece por uma tendência geral dos investidores e mercados internacionais em subvalorizar o Brasil, provavelmente por causa das crises econômica e política que vive o país.
No entanto, mesmo durante uma das piores crises da história do Brasil, mantém sua posição dentro das dez maiores economias mundiais por PIB, é um dos cinco países mais populosos do mundo e um dos cinco países com maior território - de fato o Brasil tem um território maior que os EUA, excluindo o Alaska.
Durante os últimos cinco anos, os grandes investidores mundiais têm se focado em países como os EUA, a China e a Índia, mas com o esfriamento e saturação dessas economias os investidores estão procurando novas oportunidades, e o Brasil está no topo da lista. O mundo parece estar entendendo que o país é um gigante dormindo e com um potencial incalculável que está começando a recuperar-se. O Brasil é ainda mais atrativo para empresas de tecnologia, pois tem uma das maiores taxas de crescimento de penetração na internet e quase 50% da população está começando a adaptar-se essa nova tecnologia.
Os empreendedores brasileiros também estão posicionados para criar empresas verdadeiramente multinacionais graças a uma vantagem única no mundo. Quando uma empresa consegue crescer no Brasil os níveis de crescimento são extraordinários e o mercado doméstico é tão grande que a empresa consegue alcançar níveis de faturamento sólidos antes de executar uma expansão internacional muito agressiva com uma equipe de empreendedores que foi treinada nos terrenos mais hostis que existem para se criar uma empresa.
Estes fatores são sinais irrefutáveis de que a partir de 2017 o Brasil começará a ver empresas bilionárias que não existiam há cinco anos.
Federico Vega é formado em Ciências Econômicas e pós-graduado em Engenharia Financeira na Universidade de Southampton (Inglaterra). Atualmente é CEO da CargoX, (https://cargox2.wpengine.com) - primeira transportadora do Brasil impulsionada por tecnologia e inovação, que opera conectada a uma rede de mais de 100 mil caminhoneiros autônomos.