O transporte rodoviário é um dos mais relevantes para a economia brasileira e, diariamente, vários tipos de cargas circulam por nossas estradas e rodovias. Como grande parte de nossa produção é distribuída por esse modal, é essencial que os gerentes logísticos estejam sempre em busca de novos conhecimentos e aperfeiçoamento profissional.
Nesse contexto, as cargas relacionadas ao agronegócio merecem destaque. Isso porque, mesmo com a crise econômica, o setor foi fundamental para a elevação do PIB nacional e redução da inflação, sendo, portanto, um protagonista na emergente recuperação econômica.
Diante disso, elaboramos um post completo para apresentar os tipos de cargas mais frequentes nas rodovias do país e falar um pouco melhor sobre a contribuição do agronegócio para o setor de transportes. Continue com a leitura e aprenda um pouco mais!
Segundo o Anuário CNT do Transporte de 2017, o Brasil possui uma malha rodoviária de mais de 1.700.000 km, incluindo trechos pavimentados e sem pavimento. Toda essa estrutura é distribuída pelo país e possibilita que as cargas sejam encaminhadas a diversas localidades — um dos maiores motivos para sua grande utilização.
Em nossas estradas e rodovias circulam diversos produtos com destino a praticamente todas as cidades brasileiras. É por esse motivo que os gerentes logísticos precisam se informar melhor sobre o tema e conhecer a fundo as possibilidades de utilização do transporte rodoviário.
Assim sendo, com o intuito de contribuir com o seu crescimento profissional e atualizá-lo sobre as particularidades de cada tipo de carga, reunimos os 6 tipos mais comuns em nossas rodovias. Acompanhe!
As cargas frigoríficas fazem parte da realidade do setor de transportes e precisam de inúmeros cuidados extras por parte das transportadoras. Mais do que isso, é importante observar se a empresa responsável cumpre com as normas e exigências para esse tipo de serviço, uma vez que essas remessas estão relacionadas à alimentação humana.
De modo geral, esse tipo de carga é subdivido em duas categorias: perecíveis e congeladas. Veja a seguir um pouco de suas características:
As cargas frigoríficas perecíveis, como o nome sugere, estão expostas ao risco de se perderem e estragarem com o tempo. Por isso, toda a logística de transporte deve ser muito bem planejada e executada. São exemplos dessa categoria:
Diante de tantos desafios ao longo do trajeto, a carga precisa ser transportada em um caminhão específico, que possua um equipamento responsável pela redução da temperatura sem a formação de gelo. Por isso, é imprescindível que a transportadora invista em máquinas especiais, como as câmaras frias e equipamentos de refrigeração.
O transporte não pode ser demorado e, via de regra, as distâncias a serem percorridas também não podem ser muito longas. Outro ponto de destaque é que deve ser realizada uma higienização constante e eficaz dos caminhões, a fim de se evitar contaminação dos produtos.
Todos esses cuidados asseguram a vida útil do produto, tanto no ponto de venda como para o consumidor final, e ainda resguardam a sua qualidade, evitando riscos à saúde humana.
Os produtos perecíveis congelados são aqueles que passaram por um processo de resfriamento intenso até a formação de gelo, visando, principalmente, a preservação de suas propriedades. São bons exemplos:
O transporte dessas mercadorias é bem complexo e minucioso, especialmente porque a temperatura precisa ser mantida do início ao fim do processo. Com isso, é necessário que sejam transportadas em veículos totalmente refrigerados, garantindo sua conservação e congelamento durante o trajeto.
O caminhão mais indicado para essa tarefa é o que possui o Baú Frigorífico, um modelo fechado que mantém a temperatura entre -15°C e -20°C.
Os produtos a granel são assim chamados porque ainda não foram ensacados ou encaixotados e são extremamente comuns em regiões do país com grande concentração de fazendas e agronegócio.
Além disso, assim como nas cargas frigoríficas, existem dois modelos de cargas a granel. Conheça-as melhor:
A carga a granel líquida não é considerada perigosa e, em geral, corresponde a sucos, leite, água potável e outros produtos líquidos transportados sem embalagem.
Naturalmente, o caminhão que executa esse transporte possui características específicas, sendo necessária uma carroceria com um tanque de aço devidamente higienizado. Em alguns casos, como no leite e sucos, é preciso assegurar que o compartimento seja refrigerado, uma vez que o produto pode se perder em razão do calor excessivo.
Já a carga granel sólida é bem conhecida e, em sua grande maioria, é composta por matérias-primas, como a soja, arroz, milho e feijão. Portanto, são insumos fundamentais para a economia brasileira e também para o consumidor final.
Em geral, os veículos possuem carrocerias abertas e são conhecidos como graneleiros. Porém, há a possibilidade da carga ser organizada em unidades, pallets e até em contêineres, facilitando seu manuseio e transporte.
As cargas vivas também são encontradas com facilidade nas rodovias brasileiras, sendo compostas basicamente de animais, como vacas, galinhas e porcos.
Trata-se de um modelo de transporte muito delicado e que exige um alto nível de especialização e treinamento dos motoristas e operadores logísticos que lidam com a carga. Além disso, é importante utilizar uma carroceria fechada, como a boiadeira, que possua saídas adequadas para ventilação.
O maior objetivo é que os animais sejam transportados em segurança, com o menor nível de estresse possível e cheguem ao destino final com baixo índice de perdas. Lembrando que há uma alta fiscalização nesse sentido, uma vez que não se pode permitir que a carga sofra durante o transporte.
O quarto tipo de carga apresentada neste material são as cargas indivisíveis e excepcionais de grande porte. Tratam-se de produtos que não podem ser divididos e que possuem grandes pesos e dimensões, como:
O deslocamento desses materiais é, também, muito delicado, demandando cuidados no manuseio, carregamento e descarregamento. Além disso, em muitos casos, é necessário contratar veículos batedores durante o trajeto para evitar acidentes e garantir a segurança dos demais automóveis nas rodovias.
Outro ponto que precisa ser enfatizado é com relação a frota que executa o transporte. Ela precisa possuir os requisitos de capacidade de carregamento, dimensão e suspensão capazes de suportar o peso e tamanho dos produtos transportados.
A carga seca é formada por produtos industrializados e não perecíveis. Sua principal característica é que não há a necessidade de refrigeração e o transporte pode ser executado independentemente do clima da região — calor, frio, sol ou chuva.
Dentro dessa categoria encontram-se uma infinidade de produtos, dos quais podemos destacar:
O caminhão mais utilizado nesse tipo de transporte é o que possui um baú, pois consegue acomodar caixas, sacos e fardos adequadamente, deixando-as protegidas e organizadas durante todo o trajeto.
Por último, trouxemos para a lista dos principais produtos transportados pelas rodovias as cargas perigosas. Esse tipo de material é um dos mais delicados de serem manuseados, pois geram risco à saúde, ao ambiente, à segurança e integridade física dos motoristas e caminhoneiros.
Diante do perigo e necessidade de fiscalização no manuseio e deslocamento dessas cargas, a ONU criou Recomendações para o Transporte de Produtos Perigosos e foi elaborada uma classificação desses produtos, de acordo com as características, nível de perigo e cuidados que demandam.
Assim, eles precisam ser transportados em caminhões especiais e seus motoristas precisam receber treinamento especial. Os principais produtos perigosos são:
Ao analisar os tipos de cargas mais presentes nas rodovias brasileiras, é possível perceber que boa parte delas está ligada ao agronegócio. Esse fato não é mera coincidência, já que o setor é um dos mais produtivos e ativos do Brasil.
Com um território tão extenso e com características climáticas favoráveis, o cultivo de plantações dos mais diversos produtos e a criação de animais são fundamentais para a nossa economia — cerca de 21% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro é decorrente dessa atividade que também é responsável por metade de nossas exportações.
Além disso, o setor agrícola é um dos que mais gera renda e empregos no Brasil e só em 2017 abriu mais de 46 mil novos postos de trabalho.
Mas, não é só para a economia que o agronegócio é importante. Quando voltamos nossa análise para o setor de logística, percebemos que estamos diante de um dos maiores impulsionadores de seu crescimento.
A alta demanda de transporte apresentada faz com que as empresas de logística e as transportadoras estejam sempre se aperfeiçoando e investindo em estratégias que consigam acompanhar as demandas do setor.
Assim, todos os dias surgem novas tecnologias, novos caminhões e novos processos logísticos que visam escoar todas essas cargas pelo país. É, de fato, um grande desafio, mas os dois segmentos estão em expansão e têm caminhado lado a lado em prol do crescimento ordenado e duradouro.
Falar em agronegócio sem uma logística de excelência seria impossível e, do mesmo modo, sem a contribuição por ele fornecida, nossos processos logísticos ainda estariam defasados e pouco eficientes.
Portanto, empresas que atuam diretamente com a produção, manufatura e distribuição de produtos que vêm do campo, podem contar e investir em uma logística moderna e inovadora, que permita um bom nível de produtividade desde a saída do produto de suas dependências até a entrega ao consumidor final.
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Diante de tudo o que foi exposto, é possível concluir que a logística é fundamental para que os diferentes tipos de mercadorias sejam distribuídos pelo país. Um gerente logístico eficiente sabe que aperfeiçoar suas rotinas e estratégias é o que garante a satisfação de sua clientela e o aumento de sua rentabilidade.
O transporte de cargas rodoviário é permeado de desafios, como a falta de infraestrutura das estradas e os altos índices de roubo e furto de cargas. Superá-los é uma tarefa que exige muita estratégia e processos logísticos eficientes.
Nesse contexto, é preciso enfatizar que encontrar uma empresa que presta serviços logísticos de maneira qualificada e profissional é muito importante. Esse tipo de parceria traz benefícios expressivos aos empreendimentos, principalmente no que diz respeito ao aumento da qualidade do transporte.
Conforme visto, cada tipo de carga possui características singulares e exige cuidados diferenciados, demandando investimentos em máquinas, equipamentos e caminhões adequados e modernos. Nem sempre esse tipo de gasto é interessante e, por isso, a terceirização tem sido uma opção recorrente de empresas dos mais diversos portes e segmentos de atuação.
Mas, é preciso pesquisar e comparar os fornecedores logísticos disponíveis no mercado. Firmar parceria com uma empresa séria, competente e experiente nesse tipo de processo é crucial para se alcançar bons resultados.
Assim sendo, fique atento e procure por uma transportadora que utiliza tecnologia de ponta e ofereça estratégias eficientes para transportar seus produtos de forma inteligente e econômica, proporcionando melhorias em seu serviço e simplificando seus processos operacionais.
Com a leitura deste material foi possível perceber que os diferentes tipos de cargas que circulam em nossas rodovias possuem características distintas. Conforme visto, boa parte delas é proveniente do agronegócio, setor que tem sido muito importante para o crescimento do país.
Esse setor deve se desenvolver em harmonia com a logística, uma vez que são imprescindíveis um para o outro. Assim sendo, esperamos que este post tenha contribuído para que você se informe melhor e tenha uma visão mais estratégia do transporte de cargas e de suas possibilidades, levando-o a alcançar seus objetivos como gerente logístico.
Gostou deste material? Ele lhe foi útil? Aproveite e baixe nosso infográfico sobre a influência do estado das rodovias no custo dos transportes.