Vamos falar um pouco sobre o caminho dos smartphones? Esses aparelhos caíram no gosto do consumidor mundial e percorrem uma longa jornada até chegarem às nossas mãos.
Eles são tão importantes que a Fundação Getulio Vargas estimou que, no final de 2017, haveria, no mercado brasileiro, um smartphone para cada pessoa. Isso, porém, só é possível graças a uma logística moderna e eficiente que atua em todas as fases de sua produção.
Os processos e rotinas logísticas se iniciam mesmo antes da montagem desse item e, do design do aparelho à entrega ao consumidor final, muita coisa acontece.
Para que você compreenda essa jornada, preparamos este post. Poderemos acompanhar o smartphone em todas as suas fases e processos, até chegar ao bolso de algum consumidor brasileiro que já está planejando adquirir um aparelho moderno e útil ao seu dia a dia.
Quer conhecer esse caminho? Se você ficou curioso e deseja conhecer um pouco da logística dos smartphones, conhecer boas práticas na área e se tornar um profissional mais qualificado e atualizado, não deixe de acompanhar os tópicos a seguir!
Boa leitura!
A criação e o desenvolvimento do design do smartphone
Nossa jornada se inicia com o trabalho dos designers. Nosso mais novo modelo de smartphone ainda não existe, mas a empresa já começa a pesquisar, analisar os concorrentes no mercado e as funcionalidades de que o consumidor contemporâneo precisa e que gostaria de ver em um aparelho.
Lembrando que fazer com que o custo de produção seja inferior ao custo de venda é essencial e afeta significativamente o lucro do negócio. Aliás, ele precisa ter um valor competitivo e, nesse ponto, deve-se pensar em estratégias para reduzir custos na fase de produção.
Assim, o que parecia ser apenas um conceito para o futuro é transformado em realidade, e o smartphone começa a ganhar forma.
Com isso, é inserida uma tela sensível ao toque, resistente a arranhões e, quem sabe, em 3D. Em seguida, desenvolve-se uma bateria mais potente e um recurso que economize energia automaticamente quando o aparelho está próximo de se descarregar.
Além disso, pensam em permitir que o aparelho esteja totalmente compatível com o conceito de internet das coisas, adicionando recursos que permitam ligar a televisão, apagar as luzes de casa e até mesmo emitir comandos para o funcionamento do seu carro.
Enfim, para que o smartphone seja criado, os desenvolvedores trabalham duro. São inúmeras horas de pesquisas, testes e criação de protótipos. Tudo isso, é claro, demanda uma logística rápida e eficiente, afinal, o tempo é um fator decisivo para o lançamento de um novo produto no mercado.
A busca pelos parceiros ideais
Nenhuma empresa sobrevive sem parceiros, não é mesmo? Obviamente, para se produzir um aparelho smartphone, a empresa precisará encontrar bons fornecedores, seja de tecnologia, processadores, memória, câmeras, embalagem ou transporte.
Muita gente sequer sabe, mas as empresas mais famosas desse segmento não produzem todos os recursos encontrados nos aparelhos. A maioria deles é obtida com parceiros que têm experiência e tecnologia de ponta para isso.
Desse modo, os gestores começam a fazer contatos e cotações, pesquisam o produto e o serviço ofertado em cada empresa e procuram aqueles que ofereçam qualidade, inovação e um preço competitivo. É importante observar que essa não é uma etapa simples, pois há muitas empresas no mercado a serem analisadas.
No caso de um aparelho topo de linha, com inúmeros recursos, é comum elaborar um contrato com os fornecedores que garanta a entrega das tecnologias até o início da produção. Por isso, ter relações estratégicas com os fornecedores é uma das principais fontes de criação de valor para as fabricantes.
A montagem do protótipo
Avançamos para a próxima fase e chegamos ao momento de montar um protótipo para a realização de testes. Assim, após tê-lo em mãos, inicia-se a verificação do funcionamento dos recursos idealizados.
Lembrando que não estamos nos referindo aos testes de qualidade, visto que o foco aqui ainda é conferir se o projeto está adequado e pronto para seguir em frente.
Imagine que, durante os testes, se observe que a tela resistente aos arranhões não é tão eficiente. Nesse caso, será preciso voltar às fases anteriores e ir em busca de um novo fornecedor, por exemplo
Com isso, após passar por essa fase com sucesso, o aparelho segue para ser registrado no mercado. Em nosso país, a Anatel é a responsável por determinar e conferir se o modelo atende aos seus requisitos e, portanto, pode ser comercializado no Brasil.
A produção do smartphone
Depois de todo esse trabalho, finalmente a empresa começa a colocar o projeto em prática. Assim, passamos para a fase de produção, em que a logística e todas as suas técnicas se mostram ainda mais fundamentais.
Na fábrica, os gestores logísticos e de produção realizam o planejamento e começam a executar inúmeros processos que levarão ao produto final. Isso porque a fabricação de um aparelho como esse envolve muito mais do que idealizá-lo e montá-lo.
A logística da fabricante precisa ser impecável, já que, além do conceito do produto, essa é uma de suas maiores responsabilidades. O dever de agregar valor ao item, por meio da coleta e instalação dos componentes, design, recursos exclusivos, estoque, distribuição, testes de qualidade e o pós-venda são apenas alguns exemplos de como os processos logísticos são fundamentais.
Até aqui, inúmeras ações foram realizadas, mas a produção é a responsável por montar o produto em larga escala e preparar os estoques para o lançamento e venda ao consumidor final.
Em uma visita à linha de produção, é possível perceber o uso de inúmeros recursos tecnológicos. A automação é, de fato, uma das estratégias mais utilizadas, pois reduz as complicações, aumenta a agilidade do processo e minimiza as chances de erros.
É interessante ressaltar que, no Brasil, a maioria das cadeias de produção de smartphones está localizada em Manaus e, conforme mencionamos, elas recebem os componentes de seus parceiros, ou seja, nenhum deles é realmente fabricado ali.
Robôs e equipamentos são utilizados para posicionar as soldas de maneira exata. Em seguida, a placa é conduzida até um forno, para que o calor fixe totalmente os chips, conexões, sensores e todos os demais itens.
Seguindo na linha de produção, os outros itens são acoplados, como a tela e a carcaça. Desse modo, aos poucos, aqueles pequenos itens vão sendo unidos até formarem o smartphone que utilizamos em nosso dia a dia.
A fase de testes de qualidade
Está quase tudo pronto, mas, antes de embalar e encaminhar o produto para ser organizado no estoque, é preciso conferir se ele está funcionando adequadamente.
Durante a realização desses testes, o smartphone é ligado por meio de um sistema operacional que permite a conferência rápida e eficaz de vários itens, como:
- funcionamento da câmera;
- funcionamento dos botões;
- sensibilidade do touchscreen;
- qualidade dos alto-falantes;
- as cores da tela;
- os modos e intensidade de vibrações.
Assim que o aparelho é aprovado, a logística novamente é acionada para que ele seja conduzido à fase final de produção. Com isso, ele receberá uma identificação, o número de série e, por fim, será embalado e lacrado.
A organização do estoque
O estoque é um dos setores mais importantes de uma fábrica de smartphones, pois ele dita o ritmo da produção e da distribuição dos produtos ao varejo.
Existem várias táticas para equilibrar os níveis de estoque. Os gerentes logísticos mais atualizados estão começando a adotar a metodologia de produzir o que foi vendido, em vez de vender o que já foi produzido.
É claro que isso demanda um controle maior da cadeia de suprimentos, mas a habilidade de harmonizar as instalações e a capacidade de produção, os processos logísticos e a demanda final permite que os fornecedores e a própria fábrica não acumulem muitos produtos no estoque, protejam suas margens de lucro e consigam otimizar o retorno de capital.
Em resumo, tudo está ligado a um planejamento logístico inteligente e estratégico, capaz de atender às demandas de marketing, produção, estoque e distribuição.
É por esse motivo que os gestores da área estão investindo em uma infraestrutura moderna, que impede que sejam vítimas do “efeito Bullwip”, ou chicote — que distorce a percepção que os gestores têm de sua demanda real, causando inúmeros prejuízos.
A distribuição para o varejo
O caminho percorrido pelos smartphones é longo e complexo, não é mesmo? Depois de todas as etapas apresentadas, chegamos a mais um processo puramente logístico: a distribuição para as empresas varejistas, isto é, as responsáveis por fazer com que o produto chegue ao consumidor final.
Diante da necessidade de reduzir custos logísticos, gestores e empreendedores estão adotando algumas estratégias inteligentes para distribuir os smartphones, visto que o transporte e a gestão de frotas podem consumir boa parte dos rendimentos do negócio.
Terceirizar o processo de transporte é uma das principais apostas para o setor, trazendo benefícios expressivos, como:
- redução de custos de distribuição;
- mais rapidez e agilidade;
- serviço mais qualificado;
- redução de custos com frotas;
- foco na atividade principal da empresa, ou seja, na produção do smartphone;
- acesso a um serviço especializado e com processos inovadores.
É interessante ressaltar que o meio de distribuição mais adequado para os smartphones é o sistema de distribuição intensiva, que tem o objetivo de enviar o produto para o maior número de pontos de vendas.
Disponibilizar o smartphone nos locais em que o cliente final espera encontrá-lo é fundamental para a rentabilidade das fabricantes e, claro, exige uma logística bem estruturada, um calendário de entregas estratégico e um planejamento de rotas otimizado.
Roubo de cargas: um desafio para o transporte de smartphones
Um dos grandes desafios da logística dos smartphones é, sem dúvidas, o roubo de cargas. Essas mercadorias são muito visadas pelas quadrilhas especializadas e, se os devidos cuidados não forem tomados, os prejuízos podem ser expressivos.
Nesse caso, mais uma vez, o apoio de uma empresa de logística pode ser fundamental. Transportadoras mais modernas e experientes já adotam inúmeros recursos e estratégias para minimizar a ação desses criminosos e desempenham um transporte mais rápido e seguro.
Dentre as inúmeras tecnologias e boas práticas aplicáveis ao transporte, podemos citar:
- rastreamento de cargas em tempo real;
- monitoramento com câmeras;
- planejamento de rotas inteligente;
- treinamento eficaz dos motoristas;
Portanto, pode-se afirmar que a logística de distribuição deve ser muito bem planejada e executada. Para isso, encontrar um parceiro sério, competente e com experiência nesse tipo de transporte é essencial.
A entrega ao consumidor final
Após chegar às empresas e ser vendido, finalmente o consumidor terá o produto em mãos. Mas, para isso, as empresas do varejo têm as mesmas responsabilidades da fábrica, como organização do estoque e agilidade na distribuição.
As grandes empresas adotam um sistema bem organizado e seguro para armazenar esses produtos, seja nas lojas ou em centros de distribuição. Para evitar falhas nesse processo, o uso de um software de gestão é essencial e agiliza o controle e a própria gestão.
No caso da venda direta no ponto comercial, o produto deve estar devidamente organizado e armazenado no mesmo local. Isso facilita que o funcionário o encontre e realize uma conferência e entrega mais rápida.
Já no caso da venda pela internet, além de estruturar um bom armazém, é necessário todo o trabalho de gestão de frotas, planejamento de rotas e demais cuidados com segurança e qualidade. Desse modo, o cliente receberá seu smartphone em casa e em perfeitas condições.
Ao longo deste post, acompanhamos todos os passos percorridos por um smartphone até ser entregue nas mãos do consumidor final. Essa logística é fundamental para o país, principalmente porque esses aparelhos fazem parte do cotidiano de inúmeros brasileiros e já são considerados uma ferramenta indispensável para a vida pessoal e profissional dos indivíduos.
Desse modo, pode-se concluir que, desde que o produto começa a ser idealizado pelos designers até a efetiva entrega ao cliente, a logística, com todas as suas técnicas e fases, é a grande responsável por fazer com que o processo flua. Desde a fábrica até o estoque da empresa varejista, muitas ações são desenvolvidas e, sem uma logística moderna e eficiente, nada disso seria possível.
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