Muitas empresas adotam a metodologia da Matriz GUT para ajudar a priorizar e tratar problemas conforme sua gravidade, urgência e tendência. Você já pensou em usar essa ferramenta para os processos logísticos?
O objetivo dessa prática é tornar as atividades mais eficientes e criar estratégias para solucionar primeiro os problemas que podem prejudicar mais a cadeia de suprimentos. O principal benefício é permitir que os gestores analisem as situações de modo quantitativo e determinem as ações preventivas e corretivas para resolver o que for necessário.
Para compreender melhor sobre essa ferramenta e entender como aplicá-la aos processos logísticos, este post explicará o conceito dessa metodologia, como ela pode ser utilizada e as vantagens que pode proporcionar.
Quer saber mais? É só acompanhar!
Essa ferramenta é voltada para a tomada de decisões estratégicas a partir da priorização dos problemas que podem impactar mais o negócio. Isso é feito a partir da sigla GUT, que significa “gravidade, urgência e tendência”.
Cada situação negativa deve ser categorizada de acordo com sua prioridade. As classificações devem receber uma pontuação, que varia de 1 a 5. A relação entre os conceitos e a numeração funciona da seguinte forma:
Sua classificação é feita segundo os impactos ocasionados pelo problema, caso ele não seja solucionado. Uma situação negativa, por exemplo, pode fazer o acesso dos clientes ao sistema ser interrompido e gerar uma reputação prejudicial para a sua empresa.
A pontuação deve ser feita de acordo com a tabela a seguir:
A urgência se relaciona ao tempo gasto para solucionar o problema. Exemplos bastante comuns de situações urgentes são aqueles que envolvem a satisfação dos consumidores ou as modificações em softwares devido a alterações na legislação.
A pontuação nesse caso é definida da seguinte maneira:
Essa classificação é relativa à evolução do problema. Caso não seja solucionado com eficácia, como ficará sua complexidade com o passar do tempo? Essa é a pergunta que você deve responder para entender a tendência.
A pontuação da tendência segue os critérios:
A montagem dessa ferramenta exige que o gestor de atividades logísticas siga três etapas:
Esse é o primeiro passo, que abrange todos os aspectos relativos às atividades que devem ser analisadas. Considere os três pontos da matriz (gravidade, urgência e tendência) e detalhe os problemas. Seja específico para evitar informações ambíguas e interpretações inadequadas.
Esse é o momento de classificar os problemas e dar uma nota para eles. No final você terá o nível de prioridade de cada situação. Isso é feito pela multiplicação das três variáveis: gravidade, urgência e tendência. O maior resultado indica o que deve ser solucionado primeiro.
Imagine, por exemplo, que há dois problemas. Um deles é rever o contrato de locação de equipamento e outro é descobrir rotas mais eficientes para o transporte de cargas. O primeiro obteve as notas 4 para gravidade, 4 para urgência e 2 para tendência. O segundo ficou com 5, 5 e 3, respectivamente.
O resultado do primeiro é 32 (4 x 4 x 2) e o do segundo é 75 (5 x 5 x 3). Isso significa que a questão das rotas mais eficientes é um problema que deve ser solucionado com prioridade.
Nessa etapa, deve-se traçar um plano de ação que considere os aspectos da matriz e a classificação dos problemas. Observe que, para tomar decisões com mais eficiência, você deve considerar os fatores isoladamente, considerando sua relevância e as particularidades de cada um.
As especificações deste post demonstram que essa é uma ferramenta importante para os gestores, pois possibilita fazer análises qualitativas e quantitativas a partir de dados consistentes e com um nível de prioridade específico.
Com isso, é possível tomar ações corretivas e preventivas para reduzir ou eliminar os problemas identificados. No entanto, no caso da logística é importante fazer essa relação levando em conta outros fatores.
Uma possibilidade é associar gravidade, urgência e tendência a gasto, utilidade e tempo. Ou governabilidade, impacto e oportunidade, por exemplo, que possibilitam entender em qual nível o momento é oportuno e a percepção do grau de impacto — positivo ou negativo — sobre os stakeholders.
Além disso, a GUT pode ser complementada pelas 5 forças de Porter e pela matriz SWOT, que ajudam a formular estratégias mais precisas, além de definir e priorizar as propostas de investimentos e projetos.
Entre as vantagens proporcionadas por essa ferramenta estão:
Por outro lado, é necessário que o gestor tenha uma visão ampla da cadeia logística e dos problemas que precisa enfrentar. Se isso não acontecer, a matriz perde seu potencial.
Ao mesmo tempo, se as atividades não forem priorizadas conforme a classificação proposta, elas tendem a se tornar urgentes. A consequência pode ser uma falta grave de planejamento, que tem a possibilidade até de prejudicar a imagem e a reputação organizacional.
Em suma, a GUT é uma matriz que tem o objetivo de priorizar as ações racionais a partir das variáveis da ferramenta. Assim, você pode tomar decisões e agir de modo adequado, considerando uma visão mais ampla das tarefas que precisam ser realizadas.
Agora que você já entende como a Matriz GUT funciona e de que forma aplicá-la na logística, que tal começar a adotá-la no seu dia a dia? Adote as sugestões que repassamos e veja como os processos podem melhorar. Se gostou deste conteúdo, aproveite e compartilhe-o nas suas redes sociais!