A internet das coisas na logística é mais um dos resultados da evolução da indústria. Para ser mais preciso, esse processo faz parte da chamada logística 4.0, que surgiu em resposta à necessidade de se ter uma cadeia de suprimentos de acordo com o contexto no qual ela é desenvolvida.
Existem cinco características preponderantes da logística 4.0, são elas: indústria e produtos inteligentes, internet das coisas e serviços, sistemas cibernéticos, hiperconectividade e “dados big”.
No artigo de hoje, vamos discorrer sobre a internet das coisas na logística: o conceito, como funciona e quais os benefícios. Acompanhe e confira!
Faz anos que começamos a ouvir falar de aparelhos inteligentes, mas agora estamos em um momento em que a tecnologia e a diminuição de custos permitiram a decolagem da Internet das Coisas (IoT, em sua sigla em inglês).
Essa tecnologia, em alguns casos, são melhorias em processos que já eram possíveis, mas que serão mais rápidos, mais eficientes e aplicados em mais situações com a universalização e o barateamento de ferramentas.
A internet das coisas é a capacidade de os objetos obterem informações sobre o seu ambiente e se comunicarem uns com os outros. Simplificando, é um conceito de, basicamente, conectar qualquer dispositivo com um botão liga/desliga para a internet (e/ou um para o outro).
Isso inclui tudo, desde telefones celulares, cafeteiras, máquinas de lavar roupa, fones de ouvido, lâmpadas, dispositivos portáteis e quase tudo que você possa imaginar. Também se aplica a componentes de máquinas, por exemplo, um motor a jato de um avião ou um perfurador de uma plataforma de petróleo.
Essa tecnologia é uma rede de "coisas" conectadas. Em outras palavras, é um relacionamento entre pessoas-pessoas, pessoas-objetos e objetos-objetos.
Em um mundo cada vez mais hiperconectado, as indústrias são incentivadas a inovar incorporando soluções que otimizem a cadeia de produção.
No campo da logística, ligar ou desligar as luzes de um tanque – de qualquer lugar – ou controlar a temperatura das máquinas por sensores sem a necessidade de fazê-lo manualmente são exemplos de internet das coisas no setor.
Ou seja, a logística é uma indústria que tem um grande número de processos em que são necessários cuidados com a produção, comercialização e distribuição de mercadorias.
Como a maioria das atividades são realizadas por meio de máquinas, ter um sistema que permite acompanhamento dinâmico e instantâneo pode representar um grande aumento na produtividade e qualidade dos serviços. Além disso, essa implementação representa:
Como dito, a logística tem uma grande quantidade de atividades realizadas por automação, direta e indiretamente. Mas como, de fato, a internet das coisas pode melhorá-las? Acompanhe as informações a seguir.
Os problemas mais comuns do setor logístico em relação à frota são: saber a posição exata dos veículos (viagens feitas, diariamente e historicamente) e identificar exatamente se estão operando, ligados, desligados, parados ou fazendo as rotas planejadas anteriormente. Além disso, também são problemas conhecer os níveis de fluído e combustível ou as emissões de C0².
Em resposta a isso, a internet das coisas permite a incorporação de ferramentas que revelam essas informações e as transmitem via rede celular ou Wi-Fi para uma plataforma on-line que as compreende e analisa, obtendo dados importantes para a tomada de decisões.
É essencial ter o conhecimento e a garantia sobre a carga que está sendo transportada, além de confirmar se os parâmetros de cuidados necessários estão sendo seguidos e de que não há alterações entre a saída do depósito e a chegada ao destino.
A internet das coisas permite otimamente garantir a chegada do produto ao destino por meio da incorporação de sensores, que possibilitam medir a temperatura do produto ou do compartimento frio que o transporta, sentir vibração em mercadorias frágeis, detectar mudança de pressão, acústica, volume, entre outros fatores relevantes.
O armazém também é um dos grandes beneficiários e a variedade de usos e aplicações parece quase infinita. As prateleiras equipadas com sensores de peso e dimensões podem avisar se o palete que acabou de ser colocado corresponde àquele local, se a colocação pelo operador não foi correta e é necessário uma movimentação, ou mesmo se há risco de queda.
Além disso, um armazém pode ter a localização das mercadorias que receberá dos diferentes caminhões, de acordo com o horário de chegada, tipo, volume e peso.
A implantação de sensores e sua interconexão tornam as cadeias de suprimentos mais eficientes e confiáveis. As ineficiências são reduzidas por terem fluxos de produção melhor controlados.
Isso torna os processos mais precisos e promove ainda mais a filosofia Just in Time (faça no tempo certo), que resulta em melhores demandas para cumprimento de prazos, que estão se tornando cada vez mais estreitos com o passar do tempo.
Dessa forma, as empresas têm à disposição mapas mais completos e precisos de seus processos, aprimoram o conhecimento do tempo utilizado para fabricar, armazenar e transportar seus produtos, além de conhecerem o status deles em tempo real.
A última milha é onde as ideias para aproveitar a internet das coisas estão sendo mais criativas. Entre as dificuldades habituais para a entrega de mercadorias, uma das mais recorrentes é saber se o destinatário está em casa.
Esse problema pode ser resolvido com soluções que indicam automaticamente ao transportador se a pessoa saiu de sua casa ou por meio de sistemas que informam ao destinatário o tempo aproximado de entrega, levando em consideração a distribuição atribuída, sua localização e até o estado do tráfego.
Em suma, as possibilidades da internet das coisas na logística são quase infinitas. Diferentemente de outros sistemas limitados, que focam apenas em rastreamento, a aplicação desse conceito aprofunda o alcance da empresa e representa um grande salto no nível de qualidade do serviço. Por isso, é essencial estar atento às tendências de mercado para uma real e eficaz adaptação.
Gostou dessas informações? Então continue se aprofundando no assunto e confira agora mesmo o nosso artigo sobre a logística 4.0! Com certeza você vai se interessar.