Uma “startup unicórnio” é um negócio com valor de mercado de US$ 1 bilhão. No Brasil, ainda são poucas empresas nesse time. Mas os investidores internacionais já estão de olho em candidatos brasileiros a entrar nesse clube de bilionários.
Fazendo um paralelo entre o mundo das startups e o do futebol, por exemplo, para empreendedores, os unicórnios são como Messi, Cristiano Ronaldo e Neymar, jogadores com alto potencial, únicos e raros.
O consultor Bruno Rondani comenta que hoje existem cerca de 10 mil startups no Brasil. E de todas essas, só 6 são unicórnios. São mais de 300 startups desse tipo no mundo, com grande concentração nos Estados Unidos e na China.
"O Brasil entrou no clube dos unicórnios, passou a gerar três, quatro por ano agora e há uma expectativa do mercado. Então é muito positivo pra toda a sociedade", comenta o consultor.
A startup fundada pelo argentino Frederico Vega em 2013 está entre as promessas para se tornar unicórnio. É um aplicativo que conecta empresas que precisam transportar cargas a caminhoneiros e pequenas transportadoras.
Por exemplo, se o caminhão vai cheio para determinado lugar, ele pode voltar cheio também. Num país em que o transporte mais utilizado é o rodoviário, o potencial de faturamento da solução chamou atenção de investidores.
“A gente trouxe de fora US$ 90 milhões para o Brasil durante a pior crise econômica e política dos últimos tempos", comenta Vega.
Hoje, são 250 mil caminhoneiros cadastrados no app e um faturamento anual de R$ 500 milhões.
"O empreendedor tem que tá olhando quanto a empresa dele vai valer. Mas ela tem que estar preocupada com o problema que ela resolve, tem que tá preocupada com o impacto que ela gera no negócio dela. Se o mercado, os clientes, os usuários de fato veem valor”, afirma o consultor Bruno Rondani.