Empresa considerada como o “Uber dos caminhões” faz parte da nova geração de startups voltadas para os negócios ligados ao transporte de cargas e tecnologia, , as LogTechs.
São Paulo, outubro de 2016 – Tecnologia e modelos disruptivos são tendência em mercados tradicionais, como beleza, limpeza doméstica, cartões de crédito, reformas e manutenção automotiva, e a nova aposta agora para o setor de transportes de cargas são as chamadas LogTechs. Lançada em março deste ano, a CargoX (https://cargox2.wpengine.com) – transportadora que opera conectada a milhares de caminhoneiros autônomos por tecnologia mobile - é considerada o “Uber dos caminhões” e promete revolucionar o modal rodoviário, reduzir a ociosidade nas estradas, além de diminuir a emissão desnecessária de poluentes.
Para Federico Vega, CEO da CargoX, o trabalho da empresa reflete no setor transporte de cargas. “Nós acreditamos que a entrada de empresas como a nossa incentiva indústrias mais tradicionais, como a de logística, a se reinventar e buscar inovação. Com o tempo isso tratará benefícios para a população também”, diz.
Após o boom das Fintechs, o mercado de fretes também deve passar por uma revolução de acordo com executivo. “A LogTechs, empresas de transportes focadas em tecnologia, estão mudando a maneira como é feito o envio de cargas e entregas de produtos”, afirma Vega.
De acordo com dados não oficiais, o país tem uma frota excedente de cerca de 350 mil veículos (35%), o que gera mais de 40% de viagens sem carregamentos. Aproveitando esse excesso de caçambas vazias rodando em território nacional, a CargoX - a exemplo de empresas como o Uber e Airbnb - tornou-se a transportadora com maior frota de caminhões do Brasil, sem investimento em uma frota própria. Atualmente, a startup possui cerca de 100 mil condutores cadastrados em seu sistema e mais de 12.000 caminhoneiros aguardando aprovação para operar com a empresa devido ao processo de qualificação, aprovação e treinamento.
Desde o lançamento, a CargoX já conseguiu reduzir em média 17% a ociosidade dos profissionais autônomos que carregam pela transportadora. Esses profissionais das estradas já sentem as mudanças no orçamento, com um aumento de 10% a 20% no final do mês.
Pautada em tecnologia, a empresa investe também em profissionais qualificados para fazer parte da equipe: aproximadamente 20% dos colaboradores são mestres ou estão cursando mestrado. A empresa une também experiência com juventude, sendo a média de idade dos profissionais da startup em torno de 28 anos.
Todo esse modelo de negócios baseado em inovação adotado pela transportadora atraiu investidores de renome do setor de logística, como: o co-fundador do Uber, Oscar Salazar; , o executivo americano Eddie Leshin, que atuou como diretor da C.H. Robinson e foi COO da Coyote Logistics – ambas empresas que somam um faturamento de mais de R$ 56 bilhões por ano; Hans Hickler, ex-CEO da DHL Express, o banco de investimentos, Goldman Sachs e a Valor Capital Group, além do fundador da Dafiti, Thibau Lecuyer. A expectativa é que em dois anos o investimento total na companhia chegue a R$ 100 milhões.