A flexibilidade é uma palavra-chave no mundo moderno. Sem ela, fica muito mais difícil gerenciar qualquer negócio. Metodologias rígidas de controle não são muito adequadas às constantes transformações do mercado e às contínuas inovações tecnológicas.
Quando se trata de logística, esse fator se torna ainda mais necessário de ser observado. Veja como a flexibilidade logística pode contribuir para otimizar a gestão de seu negócio e oferecer muitos benefícios para sua organização!
A flexibilidade nos processos logísticos
O mercado moderno se encontra muito aquecido e está sujeito a uma concorrência acirrada. É necessário, portanto, se ajustar às transformações no padrão de consumo das pessoas e buscar novas soluções, parcerias e tecnologias para adequar a empresa o mais rápido possível ao novo cenário.
A flexibilidade logística é uma dessas soluções, bastante relacionada à gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain Management). Todos os processos envolvidos na empresa devem ser flexíveis para que o negócio funcione.
Tal metodologia inclui, principalmente, a capacidade de adaptação a situações inesperadas e que estejam associadas ao mercado atual, o que requer produtos e serviços diferenciados para captar cada vez mais clientes e fidelizá-los.
Um conceito sintetizado de logística
Pode-se interpretar a logística como o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e a armazenagem de matérias-primas, de produtos em processo, de produtos acabados e de informações (meio interno).
Está atrelada também ao ciclo da mercadoria/matéria-prima, desde um ponto de origem até um dado ponto de consumo, considerando-se sempre as necessidades dos clientes e as formas mais eficientes e efetivas de realizar aquele processo (meio externo).
A Logística de Resposta Rápida
Esse é outro conceito pertinente, associado à flexibilidade logística. Trata-se de aproveitar as vantagens resultantes de uma competição, baseadas especialmente no fator tempo. Ou seja, é preciso que a empresa desenvolva sistemas que possibilitem respostas cada vez mais rápidas.
Um dos efeitos do conceito de Logística de Resposta Rápida é a aplicação do famoso princípio Just In Time (JIT), que tem sido usado no ambiente industrial moderno. A ideia central do JIT é que nenhuma atividade deve ser desenvolvida dentro de um sistema antes que seja realmente necessária.
A partir do JIT é possível desenvolver uma produção flexível, que imprime versatilidade à logística, considerando que os processos logísticos são subjacentes aos processos produtivos.
É necessário oferecer ao cliente a quantidade de produtos solicitada por ele no período e no local exatos, pelo mínimo custo possível — e com o máximo de valor agregado que possa ser percebido por ele.
Como os prazos de entrega tendem a ser mais curtos, a logística se norteia pelo serviço ao cliente, atuando com muita flexibilidade e abarcando uma visão sistêmica de todo o processo.
Outro fator que tem interferido com mais intensidade no desenvolvimento da Logística de Resposta Rápida é a utilização da internet como ferramenta de trabalho e, principalmente, como canal de distribuição.
A viabilização dos recursos da internet e dos recursos digitais em geral tem sido possível por meio do desenvolvimento da TI (Tecnologia da Informação), que envolve processos como:
- aumento da troca eletrônica de documentos (TED);
- uso de códigos de barras nos produtos;
- automação dos pontos de vendas (PDV);
- resposta eficiente ao consumidor (EFC); e
- outras novidades tecnológicas e recursos que permitem a aplicação de sistemas logísticos integrados.
Os sistemas logísticos integrados são procedimentos que fazem a ligação entre as operações da empresa — produção e distribuição, fornecedor e cliente e assim por diante.
A flexibilidade logística como vantagem competitiva
Os sistemas logísticos tradicionais não acompanham a inovação contínua do mercado. Aumentar o faturamento também é um grande desafio para as empresas atuais, sendo indispensável focar acima de tudo no próprio cliente.
Existem condicionantes de sistemas logísticos internos e externos que precisam ser avaliados para a efetivação de mudanças que vão impactar positivamente na conquista de diferenciais competitivos.
Dentre esses condicionantes, podemos citar: nível de serviço, sistema de produção, sistema de estoques, sistema de transportes, sistema de distribuição, sistema de informações, comunicação e outros.
O aumento da competitividade acontece quando se consegue aplicar a flexibilidade logística em todos esses sistemas (ou na maior parte deles). Em níveis de serviço, por exemplo, é necessário adotar canais de distribuição mais flexíveis e rápidos, com custos operacionais mais baixos. Outro ponto importante é o uso da TI, dos bancos de dados e dos sistemas.
Alguns exemplos de flexibilidade logística
Para compreender como a flexibilidade pode ser aplicada com eficiência na logística e aumentar o potencial competitivo é necessário considerar alguns exemplos práticos, como os que seguem.
Flexibilidade de mix: se trata da personalização dos produtos, dando ao cliente maior variedade de opções (cor, tamanho, quantidade). Já a flexibilidade de entrega consiste na habilidade para reprogramar a entrega de bens e serviços, considerando as formas de reposição — reposição contínua, em que a quantidade é fixa, mas o período é variável e reposição variável, em que a quantidade é variável, mas o período é fixo.
A flexibilidade de volume é a habilidade para modificar os níveis de produção ou atividade. E a flexibilidade estratégica considera, especialmente, o aparecimento de novos concorrentes no mercado, a parceria entre os concorrentes, a inovação por meio do lançamento de novos produtos e assim por diante.
Há a flexibilidade de processos, que é o conhecimento e integração dos processos envolvidos na cadeia de suprimentos (uso de ERP contribui para conferir essa flexibilidade). A flexibilidade de gestão permite ações e reações que atendam prontamente as necessidades do negócio. E a flexibilidade dos fornecedores é conjunto ajustado de fornecedores que oferecem fontes de suprimentos de materiais. É importante o compartilhamento de informações e o processo colaborativo para compreender melhor a demanda futura.
A flexibilidade dos transportes considera que tanto o transportador quanto o veículo precisam se adaptar às exigências do cliente. As atividades de transporte representam mais que movimentar cargas de um ponto a outro.
A flexibilidade de armazenagem considera que todos os elementos que constituem o sistema de armazenagem (estocagem, movimentação) devem funcionar com agilidade e eficiência. A estrutura física é um item fundamental, bem como a possibilidade de aplicar o sistema cross-docking, que dispensa a necessidade de armazenagem por períodos longos.
A flexibilidade do canal de distribuição precisa ser amparada pela TI e considerar a manutenção de estoques perto do cliente (logística de antecipação), bem como o adiamento de certas operações (etiquetagem, embalagem) para um momento mais próximo dos pedidos concretizados (logística de postergação). E a flexibilidade de serviço ao cliente é o resultado final da execução de todas as outras operações logísticas. É necessário atender as necessidades específicas de cada cliente.
Algumas vantagens da flexibilidade logística
A flexibilidade logística pode oferecer muitas vantagens, inclusive operacionais. Já vimos que ela ajuda a aumentar o potencial competitivo. Além disso, ela permite:
- agilidade de resposta, com o desenvolvimento de serviços mais rápidos;
- maximização do tempo;
- manutenção da confiabilidade, mantendo as operações dentro do que foi programado.
Você já aproveita as possibilidades da flexibilidade logística no seu negócio? O que achou do post? Aproveite para compartilhá-lo nas suas redes sociais.