Descubra qual é o verdadeiro papel da logística operacional

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A influência dos processos logísticos no âmbito empresarial é, muitas vezes, controverso. Define-se que os eles envolvem basicamente a armazenagem e distribuição dos produtos. No entanto, com a evolução da tecnologia e com o desenvolvimento de um novo mercado, esse conceito pode estar um tanto limitado.

Neste post vamos abordar tudo o que está relacionado à logística operacional, o contraponto da logística estratégica. Leia o texto para tirar suas dúvidas!

A logística estratégica e a logística operacional

Tanto a logística estratégica quanto a logística operacional apresentam grandes desafios ao gestor. A logística perpassa dificuldades de diferentes naturezas: infraestrutura; pessoal; legislação; ausência de uma visão política e assim por diante.

Pode-se determinar a logística estratégica como aquela área que planeja até nos momentos de execução, ou seja, por ela se realizam planejamentos, mesmo quando se está operando.

A logística operacional, por sua vez, é a extensão que executa sempre — pode-se dizer que ela “executa até enquanto os outros dormem”.

A área operacional da logística é, na verdade, um prolongamento da disciplina estratégica.  Percebe-se esse fato ao constatarmos que um planejamento não chega ao fim enquanto é realizado, e que, durante seu cumprimento, também é necessário raciocínio. Ou seja, a área operacional não trabalha somente com as mãos, mas também com o cérebro.

A divisão de um projeto logístico

Um projeto logístico pode ser dividido em três partes:

  • O principal: o objetivo a ser alcançado.
  • Os meios: a forma que será usada para atingir o objetivo (tecnicamente, seria a metodologia usada).
  • Os possibilitadores: integram a metodologia e referem-se à qualidade do material disponível na logística (seria o “poderio operacional”, como equipamentos, veículos e estruturas de armazenamento).

Vale dizer que a logística operacional integra todas essas etapas.

Podemos comparar um projeto logístico a uma campanha militar. O objetivo é obviamente a vitória. Os meios são representados pelas conquistas das regiões cobiçadas. Mas a logística operacional é concebida no confronto com o inimigo, por meio dos “possibilitadores”: aqueles que tornam possível o alcance das metas e do objetivo final.

Só que, tanto na guerra quanto na logística, somente os oficiais comemoram a vitória. Ou seja, quem mais recebe méritos é a logística estratégica. De qualquer modo, é forçoso reconhecer que a logística operacional também merece ser laureada, considerando-se todo o trabalho mais “pesado” e as dificuldades que enfrenta.

O negócio precisa caminhar lado a lado com as operações

A logística estratégica está relacionada diretamente ao conceito de negócio, que pode ser abrangido mais conforme às atividades que agregam valor que como a preocupação pela estrutura funcional.

O negócio logístico, alvo da logística estratégica, está relacionado à necessidade de globalização — à necessidade de desenvolver um serviço capaz de integrar muitos processos em sistemas definidos. Esses sistemas podem constituir verdadeiras redes regionais, nacionais ou até mundiais.

Essas negociações tramitam com êxito quando se agrega valor aos serviços oferecidos, garantindo assim que exista um fluxo de mercadoria integrado e também um fluxo satisfatório de informações. Esses fluxos coordenados devem iniciar na origem da cadeia de suprimentos e se prolongar até o fim, quando o produto é entregue ao destinatário final. Por esses fluxos organizados, é cobrado um preço ao cliente, que varia de acordo com o contrato.

A logística operacional, por sua vez, está diretamente ligada à estrutura, ao gerenciamento dos estoques e ao transporte das mercadorias.

A utilização da logística operacional pela empresa é resultado da necessidade de unificar diversas tarefas de forma eficiente, garantindo mais produtividade e respeitando um prazo específico.

As perspectivas da logística

O gestor precisa estar consciente de que a logística se caracteriza por conjugar ao mesmo tempo os processos (logística operacional) com a informação (logística estratégica).

Partindo da afirmação, pode-se dizer que a logística envolve duas perspectivas de abrangência:

  • Uma delas desenvolve a integração dos processos internos com uma finalidade operacional, ou seja, essa perspectiva se propõe a colocar determinado produto em um lugar específico dentro de um período definido (é o que se chama de operação logística).
  • A outra desenvolve um intercâmbio entre os diferentes processos, originados de diversas organizações, com uma finalidade de negócio. Em outras palavras, propõe-se a desenvolver um fluxo de informação e integração que permita que as diferentes organizações forneçam mercadorias para locais diferentes, dentro de um período definido e da maneira mais econômica e mais eficiente (é o que se chama de estratégia logística, efetivada por profissionais especializados que conhecem bem a empresa, suas parceiras, seus fornecedores, seus canais de distribuição).

Os desafios enfrentados pela logística operacional

A logística operacional enfrenta diferentes desafios de forma direta, como os problemas com equipamentos e funcionários, as dificuldades enfrentadas nas rotas de transporte (insegurança e precariedade de infraestrutura, assaltos, dentre outros), as leis equivocadas e a circulação turbulenta de veículos na maior parte das grandes cidades brasileiras.

Apesar de enfrentar tais problemas e, portanto, ter condições de opinar decisivamente sobre eles, a opinião da área operacional nem sempre é considerada na tomada de decisões pela área estratégica.

A logística operacional se responsabiliza efetivamente pelas cargas que transporta — e deve responder por elas em caso de acidentes, roubos ou de outros problemas.

Dessa forma, é necessário que a logística estratégica trabalhe em maior harmonia com a área operacional a fim de que, pensando e executando juntas, elas possam atingir mais rapidamente e com maior eficácia aquilo a que se propõem: realizar o gerenciamento da cadeia produtiva de modo a satisfazer o cliente e garantir maiores lucros para a empresa.

O trabalho desenvolvido pelas empresas de logística

As empresas de logística são aquelas que fazem atividades de planejamento, implementação, gerenciamento do fluxo de informações e das cargas. Elas se responsabilizam pelo processo integrado — de um só modal ou intermodal — que envolve a movimentação, o armazenamento e o transporte dos produtos de uma só ou de diferentes origens para diferentes destinos.

As empresas de logística podem também realizar serviços de agregação de valor ao produto.

Transportadoras desenvolvem um papel fundamental na efetivação da logística operacional na medida em que executam as operações de transporte de cargas ao consumidor final, responsabilizando-se pelos desafios enfrentados nas rotas, assumindo parte dos riscos com a carga, com os profissionais e com terceiros.

A terceirização da logística operacional contribui para que as empresas dediquem mais tempo ao desenvolvimento da logística estratégica, às questões básicas de seu negócio.

A terceirização do transporte de cargas, portanto, contribui para integrar com eficiência o negócio às operações, a estratégia aos processos, conferindo até certa autonomia à logística operacional, que consegue alcançar um status mais elevado dentro da logística empresarial.

As transportadoras sem frota própria, por sinal, ajudam a desenvolver a estratégia logística na medida em que buscam as melhores soluções para as operações de entrega por meio de tecnologia avançada. Elas pesquisam e comparam as melhores alternativas de transporte para a empresa contratante, considerando critérios como: as melhores rotas, os prazos para entrega, a disponibilidade e a proximidade dos caminhoneiros.

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Redação Cargo X
04/04/2017 - 11:04

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