O mercado de transporte rodoviário brasileiro segue um caminho ruim, assim como as estradas que rodam os caminhões. O mercado é pouco competitivo e desperdiça grande potencial, pois tem como base custos elevados, pouca otimização e inovações que ainda engatinham.
Mesmo com tudo isso, somos o terceiro maior mercado do mundo, atrás de China e EUA, um claro reflexo de ser um país com extensão continental, onde os resultados são altos, mesmo não chegando nem perto do topo.
Para que o mercado caminhe até o topo precisamos acabar com o modelo mais tradicional, ele é uma ancora para tudo. Começa atrapalhando o segmento e isso acaba refletindo em toda a economia, principalmente em um país onde 70% das mercadorias são transportadas por caminhões.
O mercado para mudar precisa ser mais sustentável, ajudar na economia de resíduos e combustíveis; precisamos encontrar alternativas que permitam o caminhoneiro a trabalhar de forma otimizada, não possibilitando que nossos profissionais fiquem ociosos ou, como itinerantes, seguindo somente os períodos ou locais de demanda. Além disso, temos que buscar a maior conexão entre embarcadores, estimulando a economia compartilhada, as empresas podem dividir caminhões, isso já permitiria grandes reduções.
Descontruir o modelo tradicional, não é eliminar tudo que já foi feito, mas agora temos que dar outro passo, se não ficaremos para trás, nossa economia não será sustentável e não conseguiremos disputar com outros países. Uma nova economia irá nascer, no momento que o valor do frete for diferente, for mais próximo da realidade.
