A segurança no transporte de cargas é uma preocupação frequente de todos os envolvidos no processo logístico: transportadoras, caminhoneiros e embarcadores. Somente em São Paulo, o mês de Fevereiro/17 registrou o nono aumento seguido na incidência desse tipo de crime, com uma diferença de 34,5% referente ao mesmo período no ano anterior.
Já descrevemos aqui no blog alguns dos fatores que diminuem os custos, mas aumentam os riscos no transporte. E hoje vamos falar sobre medidas de segurança e aspectos antifraude que influenciam no custo de entrega. Continue com a leitura e confira!
A importância do Gerenciamento de Riscos
O Gerenciamento de Riscos em Transporte de Cargas é um processo que consiste em adotar um conjunto de ferramentas e práticas voltadas para medidas preventivas. Ele abrange as etapas de movimentação, transporte e distribuição.
Por meio dele, identifica-se os riscos operacionais e quais soluções podem ser implementadas para minimizá-los — ou eliminá-los. Nesse sentido, usa-se de Inteligência e Tecnologia, visando fazer com que os pedidos sejam entregues no local solicitado, dentro do prazo e dentro da conformidade.
Como evitar fraudes no transporte de cargas
Apesar de grande parte dos riscos estarem ligados ao roubo de cargas, é necessário considerar as fraudes que podem ocorrer durante o processo logístico, haja vista que elas também afetam o desempenho.
Uma fraude ocorre quando não há violência, ameaça ou contato com a vítima. Estima-se que muitas ocorrências desse tipo no transporte de cargas tenham a participação do motorista e outros colaboradores. Isso faz com que seja necessário criar ações que ajudem a eliminar essas situações.
Portanto, evitá-las é uma questão de desenvolver a cultura da empresa e conseguir repassar os valores para os profissionais. A transportadora deve investir em treinamentos e manter planos de segurança. Obviamente, são fatores que influenciam no custo de entrega e ao mesmo tempo oferecem mais segurança e qualidade no serviço prestado ao embarcador.
Como evitar roubos no transporte de cargas
O roubo é um dos KPIs (Key Performance Indicator — também conhecidos como Indicadores de Desempenho) mais negativos no transporte de cargas. O que quer dizer que os números são altos e causam bastante prejuízo.
São situações em que o caminhão é interceptado e o motorista pode sofrer violência, por exemplo. Para evitar esses casos é essencial fazer o monitoramento da carga, mantendo um gerenciamento de risco ativo.
Isso significa acompanhar efetivamente e em tempo real o deslocamento do caminhão e verificar se o motorista está seguindo o plano de viagem estabelecido. Nesse sentido, a tecnologia é uma forte aliada no combate aos roubos e, por consequência, também impacta no custo de entrega.
As transportadoras que investem em inovação oferecem soluções para aumentar a segurança e a transparência do transporte. Um exemplo são os rastreadores que ajudam a identificar situações que fogem ao planejado. Com a criação de uma cerca eletrônica é possível traçar uma rota a ser percorrida pelo motorista, definindo inclusive locais para paradas.
Se o profissional abandonar o plano de viagem, o monitoramento identifica a saída do itinerário. Além de fazer contato com o motorista, a transportadora pode fazer bloqueios para evitar o roubo da carga. Portanto, ao comparar o custo de entrega entre transportadoras você deve considerar esses fatores.
Por que a adoção de medidas de segurança influenciam no custo de entrega
Para que se consiga adotar medidas realmente eficazes de segurança e antifraude, as empresas precisam investir em soluções que ajudem a implementar as ações preventivas e de contenção de riscos. Dentre as mais comuns, podemos citar:
Segurança no recrutamento
O processo de seleção para a contratação de motoristas e outros colaboradores é o primeiro passo para conseguir implementar um Gerenciamento de Riscos eficaz.
Saber escolher profissionais capacitados ajuda a diminuir consideravelmente os problemas relacionados às fraudes e mau comportamento — como o não cumprimento das rotas que foram estabelecidas.
Para que o processo seja acertado, é preciso incluir algumas avaliações que envolvem testes psicológicos, testes práticos, treinamentos, solicitação de bons antecedentes e referências nos empregos anteriores, acompanhamento rigoroso das primeiras viagens, entre outros.
Planejamento do Gerenciamento de Riscos
A adoção de uma metodologia de Gerenciamento de Riscos envolve 4 pilares:
- Identificação;
- Análise;
- Avaliação;
- Ações para reduzir, ou eliminar, as chances dos riscos se concretizarem.
Cada uma dessas etapas ajuda a levantar e compreender as ameaças inerentes ao transporte, a probabilidade, o grau do impacto e a definir quais soluções precisam ser adotadas para evitar as situações de risco.
A partir daí, já se sabe melhor o que precisa ser feito em termos de roteirização (evitando áreas de risco), monitoramento do percurso (controlando todas as paradas dos motoristas), além das ações de contenção, caso os riscos se concretizem e virem um problema real para o transporte.
Implementação de soluções
Essa é a fase prática do Gerenciamento de Riscos. É nela que se começa a implantar as soluções de Inteligência e Tecnologia que ajudarão a prevenir os riscos identificados. Para que isso se torne possível, muitas transportadoras adotam medidas como:
- Rastreamento via GPS;
- Monitoramento da frota;
- Escolta (dependendo da carga e da solicitação do cliente);
- Mapas inteligentes.
Essa é, talvez, a etapa mais complicada, já que requer investimentos que elevarão os custos operacionais. Além disso, é preciso criar estratégias que ajudem a tornar a execução dos processos o mais acertada possível, fazendo com que as melhorias adotadas e tornem realmente eficazes.
Uso de tecnologia
Além dos dispositivos tecnológicos que são usados (como o GPS, por exemplo), existem soluções que podem ser implementadas e ajudam no controle da frota. Bons exemplos disso são os investimentos em softwares que ajudem a gerenciar as informações que são geradas e recebidas.
Como o volume de dados de uma operação de transporte é muito grande, fazer o controle manual de cada um deles tornaria o processo demorado e sujeito a riscos — diminuindo a confiabilidade.
A partir do momento em que se investe em tecnologia e sistemas de gestão — principalmente o Big Data, que ajuda a gerenciar uma quantidade considerável de informações —, o controle sobre os processos aumenta, permitindo que eles sejam sempre aprimorados.
Com isso, além de adotar soluções operacionais, como dashboards que ajudam no acompanhamento do motorista, o investimento em tecnologia também faz com que se torne mais fácil a identificação de falhas nos processos e quais ações precisam ser adotadas para corrigi-las.
Relação entre segurança e custo
Como se pode ver, para que se consiga transportar as cargas com segurança e garantir maior confiabilidade para os clientes, é necessário realizar diversos investimentos, principalmente no que diz respeito a soluções que ajudem no monitoramento da rota e paradas previstas do motorista durante o percurso.
Com isso, cada ação que não tiver sido planejada é detectada e a central pode entrar em contato com o motorista para tentar entender o motivo do desvio. Esse tipo de ação permite identificar situações de riscos e tomar medidas de forma mais ágil — o que as torna mais eficazes.
O custo operacional do frete envolve vários itens — combustível, pedágio e segurança. Assim, o valor do frete vai ser diretamente influenciado por esses quesitos. 70% do custo corresponde a pedágio e combustível e 30% a segurança.
Assim, quanto mais medidas preventivas forem adotadas, mais influência o custo de entrega sofrerá, tornando-o mais elevado. Contudo, do ponto de vista do envio das cargas para os clientes finais com segurança e garantindo a integridade física dos volumes, a relação custo-benefício se torna satisfatória — principalmente considerando que a imagem da empresa e a satisfação do seu público está em jogo.
Entenda o custo de entrega do serviço de alta qualidade
Antes de embarcar qualquer carga é fundamental avaliar as medidas de segurança oferecidas. Depois de entender a composição do preço, certamente ficará mais fácil comparar o custo de entrega e os benefícios oferecidos.
O preço é um dos fatores de maior peso na hora de fechar um contrato. Entretanto, considerar somente aspecto pode fazer com que se escolha um serviço aquém do que se deseja. Ou seja, uma transportadora que consegue oferecer valores abaixo da média praticada no mercado provavelmente não entregará um serviço com qualidade.
Sendo assim, durante um processo de seleção de fornecedores de transporte, é preciso analisar também quais são os diferenciais que eles oferecem. Isso envolve questões como segurança, monitoramento, qualidade no atendimento e transparência nos processos.
Ao avaliar os diversos fatores, é torna-se possível reconhecer os motivos que fazem com que o custo de entrega seja maior do que o que as outras transportadoras oferecem. Dessa forma, torna-se possível escolher um parceiro de negócios com maior consciência e garantia de que um bom serviço será prestado.
Afinal, você não vai querer colocar em risco a sua carga, muito menos atrasar a entrega. O Brasil já tem sua primeira transportadora baseada exclusivamente em tecnologia e big data, que visa otimizar o transporte de cargas, reduzir a ociosidade da frota e garantir as entregas com qualidade e segurança.
Quando se trata da segurança das cargas, é fundamental contar com transportadoras que oferecem essas medidas. Mesmo que o custo de entrega seja maior do que o esperado, pode-se perceber a relação custo-benefício e ter garantias de que os pedidos enviados são bem monitorados e chegarão ao seu destino no prazo acordado.
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