Parte do compromisso entre fornecedor e comprador é a entrega dentro das condições acordadas. Porém, muitas organizações sem experiência na área de transportes acabam caindo em problemas de segurança ou negligenciando o controle de fraude nas suas atividades.
Para contornar esse problema, nada mais justo do que procurar um especialista, que está acostumado com esses obstáculos. Nesse sentido, um bom fornecedor externo pode gerenciar suas entregas, manter os protocolos de segurança e precavê-lo de fraudes. Saiba mais sobre esse assunto no artigo de hoje!
A importância de se desenvolver bons parceiros de negócios
O fato de o transporte ser uma atividade externa — não tem o controle centralizado na mão do gestor — faz com que seja fundamental monitorar cada etapa do processo, de forma a garantir que os melhores resultados sejam alcançados.
Isso é ainda mais importante quando se pensa que é por meio dessa última etapa do ciclo do pedido que os clientes possuem uma ligação maior com a sua empresa. Ou seja, se não se garantir uma prestação de serviços eficaz, é provável que o seu negócio é que fique com a imagem negativa.
Sendo assim, antes de mais nada, é preciso se preocupar com a seleção e a gestão de fornecedores externos, otimizando-as e fazendo com que as transportadoras alcancem resultados mais satisfatórios.
O papel do transporte na cadeia de suprimentos
Para entender melhor o papel do fornecedor externo e como ele pode ajudar no controle de fraude, vamos falar mais sobre a relação do transporte e uma boa gestão da cadeia de suprimentos.
Quando a empresa deixa de controlar seus parceiros de forma isolada e passa a geri-los como uma cadeia de abastecimento, torna-se possível alcançar um nível de eficiência ainda maior, já que se busca a integração de todos os elos — aumentando a sinergia.
Dentro desse contexto, o transporte representa a última ponta de todo um processo que se inicia internamente lá no fornecedor de produtos/matéria prima. Ou seja, mesmo que todas as etapas anteriores estejam bem estruturadas, se a distribuição não for bem planejada, todo o trabalho anterior, por melhor que seja, terá seu resultado prejudicado.
Portanto, é seguro dizer que escolher adequadamente os fornecedores externos é um grande passo para alcançar o sucesso no mercado. Por mais operacional que seja a atividade de transportar os produtos, ela é parte fundamental na estratégia do negócio e na garantia de satisfação dos clientes.
Apesar de ser apenas uma pequeno componente do transporte, pode-se dizer que o controle de fraude faz parte de um processo eficiente, que garante o cuidado com as cargas — o que é fator fundamental para o alcance de bons resultados e oferecimento de um bom serviço aos clientes.
Porque os fornecedores externos podem gerenciar as entregas e garantir o controle de fraude
Já na parte de critérios de seleção de fornecedores, mais especificamente no que diz respeito ao controle de fraude, é preciso observar alguns aspectos essenciais, que ajudam a garantir a segurança no envio das cargas.
Os 3 argumentos abaixo mostram que um fornecedor externo é capaz de fazer uma gestão mais segura das entregas, mantendo todas as condições acordadas. Confira:
1. Controle de fraude faz parte do dia a dia do especialista
O fator mais óbvio para a escolha de um fornecedor logístico externo é a especialização. O core business da sua empresa provavelmente não é logística. Um terceirizado pode usar sua expertise e experiência para ajudá-lo a evitar problemas comuns e fraudes.
Para exemplificar esse ponto (e sua relação com o controle de fraude), confira duas situações vividas na CargoX, mantenedora deste blog:
- Para fazer parte dos parceiros de entregas da CargoX, os caminhoneiros autônomos e transportadoras locais precisam passar por um processo de análise de documentação e uma série de provas online. Isso ajuda a identificar irregularidades e garantir uma equipe qualificada.
- Outro ponto que a CargoX usa a favor é o cruzamento de dados com o suporte de ferramentas de big data. Esse tipo de sistema permite identificar rotas perigosas ou mais seguras para o transporte de carga — tecnologia que ajuda, inclusive, no controle de fraude.
Outra questão importante, que vai além do cotidiano: um empresa terceirizada pode materializar sua expertise em segurança e controle de fraude com auditorias de entidades certificadoras externas. Aqui na CargoX, por exemplo, temos contratos homologados com três grandes gerenciadoras de risco: Buonny, Pamcary e Brasil Risk. Sua atuação se aplica às cargas e aos motoristas: elas consultam suas incidências de roubo, saúde financeira e ficha criminal, por exemplo.
Ainda em relação ao controle de fraude, existem empresas gestoras de riscos ativos, que prestam serviços para as transportadoras em relação às cargas. Uma empresa do ramo trabalha com a CargoX para evitar roubos de carregamentos, usando tecnologias como cerca eletrônica e acompanhamento de pontos de parada.
Por fim, algumas empresas têm especialização ou restrição a alguns tipos de carga. Transporte de tintas a base de tinner, por exemplo, exigem o cumprimento de legislações da Anvisa — e nem todas as transportadoras seguem essas regras. Outro exemplo está nas cargas de eletroeletrônicos. Alguns carregamentos de alto valor exigem um plano de gerenciamento de riscos (PGR) complexo demais para alguns fornecedores.
2. Rastreabilidade é premissa para um fornecedor externo de qualidade
A capacidade de acompanhamento de entregas em tempo real, com geolocalização, não é mais novidade no mercado logístico. Ela traz segurança ao contratante de frete e, em muitos casos, é apreciada pelo cliente final da entrega. Um sistema de rastreabilidade ajuda não só no controle de fraude, mas também na prevenção de roubos e furtos.
Puxando novamente um exemplo de controle de fraude no dia a dia da CargoX, o transporte é monitorado de diferentes formas. Recentemente começamos a rodar o projeto Safety Cargo: uma iniciativa de monitoramento de caminhões com drones (veículos aéreos não tripulados). A tecnologia ajuda no reconhecimento de paradas não programadas. Além disso, permite ao caminhoneiro trabalhar com um “botão de pânico” para situações de emergência.
3. SLA com controle de fraude e segurança
Um dos documentos que regem a relação entre contratante e fornecedor de serviços logísticos é o acordo de nível de serviço — o popular SLA. O formato mais comum de acordo é baseado em prazo e quantidade de produtos entregues. Porém, é possível inserir questões de segurança e de controle de fraudes em uma SLA.
Alguns pontos que você pode pedir na sua SLA:
- Relatórios periódicos ou rastreabilidade completa do processo de entrega.
- Acomodação e cuidados com cargas complexas (perecíveis ou perigosas) para evitar problemas no processo de entrega.
- O detalhamento das medidas de segurança que a transportadora tomará durante o transporte.
- O veículo correto para aquele tipo de material específico. Afinal, transportar algumas cargas em tipos de equipamentos inadequados — alimentos congelados sem uma câmara de resfriamento, por exemplo — pode danificar o produto.
Controle de fraude precisa entrar na rotina
Pense nas características indicadas acima como uma checklist. Para confiar sua carga a um ente externo, procure um fornecedor que atenda a esses pontos — de preferência, de forma documentada.
O contrato, principalmente a inclusão de cláusulas específicas, faz com que fique claro até onde vão as responsabilidades de cada parte e faz com que ambas sejam resguardadas em caso de descumprimento de uma delas.
A partir do momento em que se escolhe um fornecedor que ofereça esse diferencial, garantido por contrato, o controle de fraude passa a ser rotina no processo de transporte, o que ajuda a diminuir consideravelmente — se não eliminar — os problemas decorrentes dos riscos que foram mal gerenciados.
Além desses critérios citados, existem vários outros pontos que precisam ser levados em consideração na hora de escolher o melhor fornecedor externo para a sua empresa e garantir que os resultados alcançados estão dentro do esperado.
A relação custo-benefício de garantir essa segurança das cargas
As medidas de segurança que os fornecedores externos utilizam para aprimorar o controle de fraude — como o monitoramento das entregas e investimentos em seguros, por exemplo — influenciam no valor do frete a ser cobrado, tornando-o mais caro.
É fato que muitas empresas optam pelo preço na hora de decidir contratar um serviço, mas se considerar apenas essa variável, corre-se o risco de perder na qualidade, o que gera riscos para a carga.
Sendo assim, vale ressaltar que a diferença de valores, quando há a utilização de recursos que visam aprimorar os serviços, é o que faz alcançar uma relação custo x benefício.
Ou seja, paga-se mais caro, mas se tem mais garantias de um alto nível de serviço, além do fato de que elas podem se transformar em um diferencial que torna sua empresa ainda mais confiável aos olhos dos clientes — diminuindo o número de reclamações e aumentando a satisfação.
Como se pode ver, é possível contar com fornecedores externos que se tornam parceiros de negócio e possuem uma atuação bem ativa no que diz respeito ao controle de fraude e segurança das cargas. A principal vantagem dessa relação é fazer com que esses cuidados garantam a satisfação dos clientes.
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