Como a maioria dos empreendedores, o produtor do campo também deseja aumentar sua produtividade, com mais eficiência nos processos e redução dos custos. Parte do desafio parece ser cumprida com sucesso, já que a produtividade no campo registrou um aumento de 13% em 2017, se comparada ao ano anterior. À primeira vista, a logística no agronegócio parece ir bem.
O crescimento do setor não existiria sem o grande esforço dos empreendedores agropecuários. A Confederação Nacional dos Transportes (CNT) já mostrou em seus levantamentos que as más condições das estradas e a forte dependência do transporte de cargas no Brasil elevam as despesas da produção em cerca de 30%.
Diante de um cenário complicado, quais atitudes estratégicas podem ser tomadas pelo gestor a fim de manter sua produtividade crescendo sem tornar sua atividade ainda mais dispendiosa? Damos as melhores dicas neste post! Acompanhe!
Além dos entraves no escoamento da produção, as demais etapas que envolvem a atividade no campo, como o gerenciamento da cadeia de suprimentos, impedem o produtor de obter um lucro dentro do esperado se elas não forem bem administradas.
Porém, com a recessão financeira se abatendo sobre o país, a escassez de investimento no agronegócio e com o maquinário a alto custo, como potencializar o valor agregado às mercadorias? Temos 5 dicas imbatíveis para otimizar sua logística no agronegócio!
Os custos com a logística no agronegócio sofreram um boom, sobretudo, na última década, com o número crescente de exportações. Entre 2003 e 2009, os transportes representaram um aumento de 147% nos gastos dos produtores, gerando a necessidade de desenvolver novas estratégias, especialmente no que diz respeito ao relacionamento com os fornecedores. O conceito já é referido como cadeia de suprimentos em terras tupiniquins — e como supply chain nos países de língua inglesa.
É difícil imaginar um negócio em atividade de maneira completamente independente. Isso, porque uma organização necessita do suporte de terceiros para manter suas operações em perfeito funcionamento. É preciso contar com clientes que consumam seus produtos ou serviços, com fornecedores de insumos, parceiros que forneçam o maquinário ou os equipamentos necessários e com uma equipe de colaboradores.
No agronegócio não é diferente. Para operar, o produtor necessita firmar parcerias de qualidade. O segredo para reduzir os custos é solidificar e gerir a supply chain. Isso significa fazer uma gestão dos fornecedores e estabelecer estratégias de negociação para cada um deles.
Observando o comportamento dos fornecedores, fica mais fácil mensurar quais parcerias estão representando vantagens e quais precisam de revisão. Conhecendo bem os parceiros que compõem sua cadeia de suprimentos, o produtor pode realizar previsões de entrega mais precisas, negociar melhores condições de pagamento e até conseguir descontos em suas compras.
Integrar a cadeia produtiva tem o objetivo de reduzir o custo logístico total. Esse gasto é representado pelas despesas somadas com transporte, estoque e armazenamento e distribuição dos produtos. O foco do empreendedor deve ser potencializar o giro dos estoques, inserindo novas soluções inteligentes.
As ferramentas de business intelligence (BI) são reconhecidas pela alta capacidade de processamento, mapeando as variáveis do agronegócio industrial: estruturas, monitoramentos das cargas, flutuação das demandas, níveis de sobrecarga e rotas alternativas.
Com previsões acuradas feitas com a ajuda da tecnologia, o produtor pode tomar decisões acertadas para otimizar suas estratégias logísticas. O segredo é apostar nas novas soluções: gestão de custos, na era digital, se faz com gestão de dados.
O Programa de Investimentos em Logística (PIL) 2015-18 ainda é uma utopia. A resolução pretende destinar investimento público para o setor para otimizar o transporte de mercadorias, adotando inclusive medidas de escoamento da produção para desafogar sistemas hidroviários.
Com a ideia ainda no papel, a agropecuária continua vendo sua produção encarecer por conta das complicações nos processos de transporte, estocagem e distribuição. Contudo, aplicando as estratégias certas de logística no agronegócio, é possível contornar alguns desses empecilhos.
Para quem atua no ramo dos grãos, por exemplo, transportar as safras pode ser mais barato pelas saídas nos rios Tapajós e Amazonas, acessadas pelo Pará. Vale pesquisar e conhecer as rotas alternativas para se reinventar diante dos desafios do setor.
Deixar obrigações para a última hora é um mau hábito do qual o gestor de logística deve se desapegar, especialmente se seu objetivo é manter o negócio operando com sucesso e potencializar a redução de custos. No agronegócio, atrasar a compra dos insumos até os períodos críticos, no pico das safras, pode representar um aumento nos custos de 30% a 40%.
Parece um número muito alto? Pois saiba que não é nenhum exagero. Os gastos elevados com fretes e o longo tempo na fila dos portos ajudam a justificar essas despesas tão elevadas. No posto de Paranaguá, por exemplo, as filas podem chegar a 40 dias de espera.
Quando falamos em logística do agronegócio, as boas práticas envolvem antever as necessidades da empresa. Sobretudo calcular as demandas de insumos, já que, sem os materiais necessários ao trabalho, o produtor não pode operar com sucesso.
Este tópico até pode parecer redundante visto que o segundo item trata da integração da cadeia de abastecimento. Seguindo as orientações do tópico anterior, o produtor deveria apostar na tecnologia para dar respaldo às suas decisões estratégicas. Agora, o interesse é contar com um bom sistema de gestão, que possa organizar e padronizar os processos do agronegócio.
Um software pode ser aplicado para controlar as vendas e o faturamento, realizar manutenções industriais, planejar as cadeias de produção, gerenciar a despesa, entre outras funções essenciais para facilitar o trabalho diário do produtor. A tecnologia reduz custos, ajuda a evitar extravios e agiliza as tarefas — já imaginou organizar todos os seus dados de forma analógica?
As cargas, claro, também não podem ficar de fora desse gerenciamento. Os colaboradores, a carga e até mesmo os veículos ficam mais seguros com a aplicação da tecnologia. Aliando uma boa gestão de estoques ao monitoramento dos veículos despachados, o produtor pode visualizar com clareza o caminho que cada produto faz desde a sua estocagem até a saída que o levará ao comprador.
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