Durante a crise financeira que atingiu o país, muitos problemas surgiram: empresas fecharam, o desemprego aumentou e a capacidade de competir com companhias estrangeiras diminuiu.
Entretanto, é preciso compreender esse impacto, de modo a tirar lições de economia valiosas para o empreendedorismo brasileiro. Nem sempre momentos ruins servem apenas para prejudicar as organizações! Da mesma forma, nem sempre momentos bons vão trazer somente benefícios.
Cabe ao gestor ter bom senso e assimilar o que é necessário para que suas ações futuras sejam mais eficientes em função da experiência adquirida.
É isso o que você verá na sequência: conheça 7 lições de economia que a crise financeira ensinou!
1. A crise traz oportunidades
A primeira dica pode parecer óbvia, mas o fato é que, em tempos de dificuldades financeiras, a economia compartilhada deslanchou.
Exemplos que comprovam isso não faltam:
- se o preço do combustível aumentou, surgiu o Uber;
- se o aluguel subiu, veio o AirBnb;
- se a ida ao cinema se tornou um gasto a ser cortado, apareceu a Netflix.
Nesse caso, a lição que fica para o empreendedor é que sempre que a crise se apresenta, surge uma brecha.
É a lógica do sistema, e talvez seja justamente por isso que a crise é inevitável. É preciso que ela apareça para que novas ideias floresçam e facilitem a vida das pessoas. Sendo assim, esteja sempre de olho nas oportunidades disfarçadas, para aproveitá-las na hora certa.
2. O planejamento é sempre o melhor caminho
Quando uma efeméride surge, tudo pode vir abaixo. Sendo assim, para que planejar? A resposta é muito mais simples do que parece: porque, se você tiver a devida organização no seu empreendimento — mesmo que tenha que cortar gastos para evitar o pior —, haverá condições de cortar aquilo que não é essencial para o futuro da organização.
É preciso ter a dimensão exata do impacto das despesas fixas e variáveis no seu orçamento para que, diante de um cenário de crise, os cortes sejam precisos e evitem dívidas.
Nesse quadro, o planejamento é o caminho. Ele é a melhor maneira para manter o orçamento em dia: seja garantindo o crescimento da empresa, seja lidando com uma conjuntura negativa.
3. O hábito de poupar é fundamental
Da mesma forma, a crise nos ensina que o pensamento com foco no médio e longo prazo é essencial. Quando sua empresa mantém uma boa margem de lucro (em tempos de otimismo na economia), é natural que ela visualize investimentos para crescer o quanto antes. Mas e o futuro? Quem garante que, quando ele chegar, essa margem de lucro continuará no mesmo patamar?
É preciso pensar em ter um fundo de emergência para lidar com qualquer eventualidade. Se a empresa atuar sempre no limite, ela pode ser surpreendida por uma alteração nos hábitos do consumidor, passando a dar prejuízo de uma hora para outra.
Quando esse dia chegar, se ela não tiver uma reserva que garanta suas atividades, enquanto transita em busca de novas soluções, possivelmente os impactos da crise serão muito maiores.
4. Os gastos desnecessários devem ser evitados
Ser realista é algo que a crise ensinou para os bons empreendedores. Isso tem a ver com todo o processo produtivo da empresa.
Procure por alternativas que façam com que sua empresa se mantenha funcionando, sem gastar tanto quanto na época em que as vendas eram maiores. Reveja seus processos: o gasto que antes não comprometia os resultados agora pode tornar um negócio inviável.
Mantenha sua margem de lucro revendo gastos — como aqueles com impressões e energia elétrica. Com a consciência ambiental, você pode passar a incentivar o uso de arquivos digitais e aproveitar ao máximo a luz solar, evitando custos com lâmpadas e o uso excessivo do ar-condicionado.
Assim, é essencial conscientizar sua equipe.
5. As novas ideias merecem cuidado
Ainda que a crise abra espaço para novas oportunidades, o fato é que, se você não tem a segurança necessária a respeito da solução que oferece ao mercado, é melhor colocá-la na gaveta e esperar a chegada de um momento mais propício para executá-la.
Uma lição importante deixada pela crise é a de que, nela, você precisa primeiro garantir a segurança do seu empreendimento para, somente depois, tentar algo novo.
Isso não quer dizer que você não possa inovar com boas ideias, mas, nesse momento, é preciso pensar na maneira mais eficaz de dar vida a elas.
6. A crise não precisa ser o fim do mundo
Somente em 2016, o número de empresas abertas cresceu 20% em relação ao ano anterior. Essa é outra lição da crise: se por um lado ela fecha portas, por outro, as abre — em segmentos diferentes.
O fenômeno dos food trucks, por exemplo, surgiu nos Estados Unidos durante a crise econômica de 2008, quando grandes chefs tiveram que fechar seus restaurantes por conta dos gastos com o aluguel e outras despesas.
Consequentemente, esses profissionais perceberam que, investindo em veículos estilizados, seria possível continuar com seu trabalho. Assim, surgiu uma tendência que tomou conta do mundo.
É importante saber que, mesmo diante de um momento de dificuldade, sempre existem novos caminhos a serem seguidos.
7. Os erros servem de lição
Você, como qualquer ser humano, erra — é assim com qualquer pessoa. O que a crise faz é colocar em xeque a maneira como lidamos com nossas próprias vidas, para nos dar a possibilidade de rever uma série de hábitos.
Sendo assim, é importante que ela exista. Mas, indo além do ponto de vista pessoal, isso vale também para as questões empresariais.
Sua empresa pode estar cometendo uma série de erros, em função de uma taxa de lucro que se mantém estável.
Sendo assim, um período de instabilidade pode ser a reviravolta que você precisa para mudar procedimentos, que vão desde a política de recrutamento da equipe até a tomada de decisões fundamentais dentro da empresa.
Abra-se para isso. Procure por alternativas que garantam atravessar esse momento com segurança. Você verá que, no futuro, essa fase terá sido essencial para o sucesso do seu empreendimento.
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